(Homem foi atingido por um disparo de arma de fogo durante ação de retirada de gado ilegal em São Félix do Xingu. Operação faz parte da desintrusão determinada pelo STF.)
(Foto: Arquivo)
Um vaqueiro contratado pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi
morto nesta segunda-feira (15) após ser atingido por um tiro durante uma
operação federal na Terra Indígena Apyterewa, em São Félix do
Xingu, sul do Pará.
A ação faz parte do processo de desintrusão
determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que prevê a retirada de
ocupantes não indígenas e de gado mantido ilegalmente dentro do território.
De acordo com informações obtidas pelo g1,
o vaqueiro participava da retirada de animais quando foi alvo de uma emboscada
armada na região conhecida como Linha 10, na estrada do "Capacete".
Ele havia se afastado do grupo principal para reunir um gado que estava solto,
momento em que foi atingido por um disparo à queima-roupa no pescoço durante
uma emboscada.
Equipes de apoio tentaram prestar os
primeiros socorros no local e removeram o homem de helicóptero até o hospital
municipal de São Félix do Xingu, mas ele não resistiu aos ferimentos. O corpo
foi resgatado por via aérea em um helicóptero para a base da operação.
(Foto: bruno Peres/Agencia Brasil)
Fontes que acompanham a ação afirmaram
ao g1 que não havia indígenas na área no momento do ataque. A
operação de desintrusão tem se concentrado na retirada de cerca de 1,3
mil cabeças de gado distribuídas em aproximadamente 45 pontos dentro
da terra indígena, segundo estimativas do órgão ambiental.
Em nota oficial, o Ibama confirmou a morte e
informou que a equipe “foi alvo de um ataque durante o cumprimento de decisão
judicial do STF”. O instituto afirmou ainda que as autoridades competentes
estão investigando o crime para identificar os responsáveis e
responsabilizá-los conforme a lei.
O órgão manifestou solidariedade aos
familiares e amigos da vítima e reafirmou o “compromisso com o cumprimento das
decisões judiciais, a proteção das terras indígenas e a atuação integrada com
os demais órgãos públicos”.
Participam da operação equipes do Ministério
dos Povos Indígenas (MPI), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai),
Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Força Nacional de Segurança Pública,
Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e da Agência de Defesa
Agropecuária do Pará (Adepará).
A Terra Indígena Apyterewa é uma das áreas
mais conflituosas da Amazônia e abriga o povo Parakanã. O território é alvo de
invasões há anos e, desde setembro de 2025, é palco de uma das maiores
operações integradas de desintrusão já realizadas no país.
A TI já teve histórico de maior
desmatamento por 4 anos seguidos no Brasil, perdendo área de floresta maior
do que Fortaleza, segundo estudo do Instituto do Homem e Meio Ambiente da
Amazônia (Imazon).
Com
informações de Taymã Carneiro/G1 Pará


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