(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Trabalhadores do Sistema Petrobras iniciaram
uma greve nacional a partir da zero hora desta segunda-feira
(15), interrompendo por tempo indeterminado as atividades.
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o
movimento começou forte já na madrugada, com a entrega da operação das
plataformas do Espírito Santo e do Norte Fluminense às equipes de contingência
da empresa, bem como do Terminal Aquaviário de Coari, no Amazonas, onde 100% da
operação aderiu ao movimento.
“Pela manhã, os trabalhadores de seis refinarias das
bases da FUP também aderiram à greve nacional e não realizaram o revezamento de
turno, às 7 horas. Até o momento, estão sem troca nos grupos de turno as
refinarias Regap (Betim/MG), Reduc (Duque de Caxias/RJ), Replan (Paulínia/SP),
Recap (Mauá/SP), Revap (São José dos Campos/SP) e Repar (Araucária/PR)”, diz a
nota do sindicato.
A decisão foi tomada após a rejeição da segunda
contraproposta apresentada pela estatal para o Acordo Coletivo de Trabalho
(ACT), considerada insuficiente pelas entidades representativas da categoria.
A nova proposta foi entregue pela Petrobras na
terça-feira (9), mas, segundo os sindicatos, não avança nos três pontos
centrais das negociações: a busca por uma solução definitiva para os Planos de
Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, que impactam diretamente a renda de
aposentados e pensionistas; melhorias no plano de cargos e salários, com
garantias de recomposição sem aplicação de mecanismos de ajuste fiscal; e a
chamada pauta pelo Brasil Soberano, que defende a manutenção da Petrobras como
empresa pública e um modelo de negócios voltado ao fortalecimento da estatal.
A FUP afirmou que, além de não apresentar respostas
conclusivas sobre os PEDs — tema discutido há quase três anos com o governo e
entidades de participantes —, a empresa também não ofereceu soluções
consistentes para outras pendências acumuladas ao longo do processo de
negociação.
Petrobras
Em nota, a Petrobras informou que foram registradas
manifestações em unidades da companhia em virtude de movimento grevista.
A companhia destacou que não há impacto na produção de petróleo e derivados e
acrescentou que adotou medidas de contingência para assegurar a continuidade
das operações e reforça que o abastecimento ao mercado está garantido.
“A
empresa respeita o direito de manifestação dos empregados e mantém um canal
permanente de diálogo com as entidades sindicais, independentemente de agendas
externas ou manifestações públicas”, diz a Petrobras.
A empresa completa que segue empenhada em concluir a
negociação do acordo na mesa de negociações com as entidades sindicais.
Com
Informações da Agência Brasil
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