Agentes federais destruíram equipamentos e flagraram máquina de R$ 2,5 milhões extraindo minério em leito de rio. Três suspeitos foram presos em ponto logístico de Iracema durante operação 'Xapiri Omama'.
(Fotos: Divulgação/CIR)
Uma
operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) contra o garimpo
ilegal em Roraima e no Pará resultou na aplicação de mais de R$ 6
milhões em multas, destruição de equipamentos e até prisões.
A ação foi concluída no dia 18 de dezembro e divulgada nesta sexta-feira
(26).
Batizada
de "Xapiri
Omana", a ação teve como foco desarticular a logística que sustenta
crimes ambientais em terras indígenas e unidades de conservação. Em Roraima, os
agentes ambientais focaram em desativar pontos
remanescentes da exploração ilegal de minérios.
Durante
a fiscalização no entorno da Floresta Nacional do Parima e da Estação
Ecológica de Maracá, no município de Amajari, os agentes
destruíram oito motores usados para a retirada de lama dos rios,
um quadriciclo e uma motocicleta. Acampamentos, geradores
e suprimentos também foram inutilizados.
Essas
áreas ficam no limite leste da Terra Indígena Yanomami.
Segundo o Ibama, o local serve de refúgio para garimpeiros expulsos do maior
território indígena do país durante as ações
de desintrusão do governo federal.
Em
uma ação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Força
Nacional, três pessoas foram presas em flagrante na Vila de Campos
Novos, em Iracema,
no Sul de Roraima. A localidade funcionava como um centro de apoio
logístico para o garimpo na Terra Indígena Yanomami.
No Rio
Maú, na fronteira com a Guiana, dentro da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, os fiscais
flagraram uma draga de grande porte, avaliada em R$ 2,5
milhões. O equipamento, do tipo escariante, tem poder de destruição considerado
alto e extraía o minério do leito do rio no momento do flagrante.
No
local, os agentes apreenderam mercúrio
ilegal. O responsável foi autuado e responderá administrativamente pela
exploração em área protegida.
Como
não puderam ser transportados, os veículos e parte do combustível foram
destruídos no local. Cerca de 7 mil litros de combustível foram
doados à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em Roraima.
Ações
também no Pará
No Pará, a fiscalização localizou uma base logística remota na Estação Ecológica do Grão-Pará, perto da fronteira com o Suriname. O local funcionava como apoio no Norte do estado e recebia investimentos dos garimpeiros ilegais.
No
momento do sobrevoo pela região, um helicóptero fugiu em direção ao país
vizinho para evitar a abordagem.
Na
pista de pouso, os agentes encontraram uma estrutura sofisticada, com oficina
mecânica para aeronaves, alojamentos com camas de casal, cantina e até
uma loja. Foram apreendidas três armas, munições e ouro. A base e os estoques
de combustível foram destruídos.
O
garimpo ilegal é um dos principais responsáveis pelo desmatamento e pela
destruição de rios na Amazônia. Além dos danos ambientais, o uso de mercúrio
contamina a água e os peixes, afetando a saúde de comunidades indígenas e
ribeirinhas.
Com
informações do G1/RR e G1/PA
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