sábado, 27 de dezembro de 2025

IBAMA DESTRÓI MAQUINÁRIO, PRENDE TRÊS E APLICA MULTAS EM AÇÃO CONTRA GARIMPO ILEGAL EM RORAIMA E NO PA

Agentes federais destruíram equipamentos e flagraram máquina de R$ 2,5 milhões extraindo minério em leito de rio. Três suspeitos foram presos em ponto logístico de Iracema durante operação 'Xapiri Omama'.


(Fotos: Divulgação/CIR)

Uma operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) contra o garimpo ilegal em Roraima e no Pará resultou na aplicação de mais de R$ 6 milhões em multas, destruição de equipamentos e até prisões. A ação foi concluída no dia 18 de dezembro e divulgada nesta sexta-feira (26).

Batizada de "Xapiri Omana", a ação teve como foco desarticular a logística que sustenta crimes ambientais em terras indígenas e unidades de conservação. Em Roraima, os agentes ambientais focaram em desativar pontos remanescentes da exploração ilegal de minérios.

Durante a fiscalização no entorno da Floresta Nacional do Parima e da Estação Ecológica de Maracá, no município de Amajari, os agentes destruíram oito motores usados para a retirada de lama dos rios, um quadriciclo e uma motocicleta. Acampamentos, geradores e suprimentos também foram inutilizados.

Essas áreas ficam no limite leste da Terra Indígena Yanomami. Segundo o Ibama, o local serve de refúgio para garimpeiros expulsos do maior território indígena do país durante as ações de desintrusão do governo federal.

Em uma ação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Força Nacional, três pessoas foram presas em flagrante na Vila de Campos Novos, em Iracema, no Sul de Roraima. A localidade funcionava como um centro de apoio logístico para o garimpo na Terra Indígena Yanomami.

No Rio Maú, na fronteira com a Guiana, dentro da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, os fiscais flagraram uma draga de grande porte, avaliada em R$ 2,5 milhões. O equipamento, do tipo escariante, tem poder de destruição considerado alto e extraía o minério do leito do rio no momento do flagrante.

No local, os agentes apreenderam mercúrio ilegal. O responsável foi autuado e responderá administrativamente pela exploração em área protegida.

Como não puderam ser transportados, os veículos e parte do combustível foram destruídos no local. Cerca de 7 mil litros de combustível foram doados à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em Roraima.

Ações também no Pará


No Pará, a fiscalização localizou uma base logística remota na Estação Ecológica do Grão-Pará, perto da fronteira com o Suriname. O local funcionava como apoio no Norte do estado e recebia investimentos dos garimpeiros ilegais.

No momento do sobrevoo pela região, um helicóptero fugiu em direção ao país vizinho para evitar a abordagem.

Na pista de pouso, os agentes encontraram uma estrutura sofisticada, com oficina mecânica para aeronaves, alojamentos com camas de casal, cantina e até uma loja. Foram apreendidas três armas, munições e ouro. A base e os estoques de combustível foram destruídos.

O garimpo ilegal é um dos principais responsáveis pelo desmatamento e pela destruição de rios na Amazônia. Além dos danos ambientais, o uso de mercúrio contamina a água e os peixes, afetando a saúde de comunidades indígenas e ribeirinhas.

Com informações do G1/RR e G1/PA

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