Na próxima segunda-feira (23), a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) sediará a edição estadual do seminário itinerante que discute o novo Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio 2024–2034 e seus impactos nas políticas educacionais dos estados. O evento contará com a participação de autoridades, como o deputado Pedro Uczai (PT/SC) — primeiro vice-presidente da Comissão Especial do PNE na Câmara dos Deputados e coordenador da iniciativa —, além de representantes de entidades e profissionais da área educacional. Entre os confirmados está Suely Menezes, ex-presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE).
Um dos temas
centrais das discussões é o desenvolvimento das competências do século XXI, uma
demanda cada vez mais urgente diante das rápidas transformações sociais,
culturais e tecnológicas. Para Suely Menezes, é fundamental adotar metodologias
que integrem o Desenvolvimento Socioemocional dos estudantes, preparando
educadores e alunos para os desafios de um futuro em constante evolução.
“O desenvolvimento socioemocional é uma abordagem comprovada
internacionalmente. Ele contribui para os alunos avançarem dentro e fora da
sala de aula, formando seres humanos mais empáticos, seguros, capazes de
resolver problemas e tomar decisões assertivas. Estudos demonstram ganhos
educacionais significativos associados a essas competências. Por isso, é
imprescindível que o novo PNE contemple esse tema”, defende Suely Menezes.
Para Paulo Henrique
de Oliveira, Conselheiro de Governança e Inovação e Conselheiro Social, as
Parcerias Público-Privadas (PPPs) na educação vêm se consolidando como uma
alternativa viável tanto para aliviar as contas públicas quanto para aprimorar
as condições de ensino no Brasil. Segundo ele, essas parcerias também abrem
espaço para a inclusão de abordagens socioemocionais como apoio à grade
curricular.
“Os dados do Radar
PPP evidenciam o momento promissor da pauta. Somente em 2024, já foram
assinados cinco contratos, enquanto entre 2012 e 2023, foram somente três. Essa
é, portanto, uma oportunidade estratégica para garantir não somente
infraestrutura de qualidade, mas também metodologias inovadoras que impulsionem
o desenvolvimento estudantil. Nossas escolas não podem mais ser vistas somente
como espaços de alfabetização. Competências como empatia, resiliência,
autocontrole e colaboração estão diretamente ligadas ao desempenho acadêmico.
Por isso, é urgente que essas habilidades sejam incorporadas aos escopos e
projetos de modelagem das PPPs na educação, permitindo que os professores
tenham acesso a recursos inovadores, sem prejuízo à sua autonomia pedagógica”,
destaca.
(Com
Giusti Comunicação)
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