(Foto: Reprodução / Prefeitura de Parauapebas)
Vinte e uma pessoas indiciadas por fraude em prova de
concurso da prefeitura de Parauapebas, no
sudeste do Pará, são alvo de denúncia do Ministério Público do Pará.
A investigação aponta que candidata foi flagrada com
gabarito e que houve uso de pontos eletrônicos e relógios durante a aplicação
do certame, segundo o MP.
Em nota, a Prefeitura de Parauapebas informou "que
todas as medidas já foram tomadas para resguardar a lisura do processo".
- Leia o posicionamento completo mais abaixo.
A prova foi aplicada nos dias 19 e 26 de novembro de 2023.
A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar as denúncias de fraude.
Segundo o MP, o concurso público foi realizado para atender determinação
judicial, após ação civil pública, que havia detectado o déficit de servidores
públicos nas secretarias do município de Parauapebas.
A denúncia aponta que a fraude chegou ao conhecimento das
autoridades policiais após uma candidata ser flagrada em Palmares, na zona
rural de Parauapebas, no dia da aplicação da prova portando o gabarito da prova
antes mesmo da realização do exame.
Após a descoberta, a Prefeitura então suspendeu o
concurso,que tinha participação de mais de 40 mil candidatos. Muitos candidatos
saíram de outros municípios para fazer a prova.
Denunciantes anônimos alegaram que candidatos teriam
utilizado ponto eletrônico e relógios durante a aplicação do certame, segundo
as investigações.
Os próprios candidatos relatam terem desembolsado quantias
de R$ 1 mil a R$ 2 mil para utilizar o equipamento, e que receberam orientações
prévias em reuniões anteriores com outros candidatos que ficaram encarregados
de encontrar pessoas dispostas a pagar o valor dos gabaritos.
A investigação também aponta que a Fundação Amparo e
Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) forneceu cartões respostas dos candidatos
ao cargo de auxiliar administrativo e fiscal de vigilância sanitária.
Foi constatado, ainda, que o gabarito coincidia com as
respostas que estavam com a candidata descoberta em Palmares, segundo o MP.
Posicionamento
·
A Prefeitura de Parauapebas informou que "Com base nas apurações do órgão responsável pelo caso, a
administração está fazendo a apuração mediante processo administrativo de
eventual descumprimento contratual pela banca realizadora da prova, a Fadesp.
·
Em relação ao ex-servidor
Denilson da Silva Cruz, citado no processo, ressaltamos que o mesmo fez parte
do quadro de servidores temporários da prefeitura como auxiliar administrativo
em 2021 e 2022.
·
Já o vice-diretor da Escola
Nelson Mandela, citado nas investigações da Polícia Civil na fraude do concurso
municipal, a prefeitura esclarece que uma sindicância já está sendo instaurada
para investigar os fatos. Assim, com base nos resultados apurados, a gestão
municipal tomará as medidas cabíveis através do processo disciplinar formal
contra o servidor.
·
A gestão municipal destaca que
preza pelo compromisso de conduzir concursos públicos de forma transparente,
justa e conforme os princípios da legalidade e isonomia e está à disposição da
Justiça e da população para quaisquer esclarecimentos".
A Fadesp também foi procurada pela reportagem, mas até a
publicação da reportagem não recebeu retorno.
G1/PA
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