(Foto: Dragana
Gordic / Freepik)
Quatro
pessoas foram presas pela Polícia Civil, nesta sexta-feira (9), na operação
“Gabarito”, suspeitas de participarem de fraudes no concurso de Parauapebas,
ocorrido no final do ano passado. De acordo com o Correio de Carajás, duas
pessoas estão foragidas.
Dentre
as capturas, três pessoas foram detidas em Parauapebas e uma em Marabá,
município localizado no sudeste do Pará. Os presos foram identificados como
Érica Patrícia dos Anjos Souza, Vilmara dos Santos Conceição, Denilson da Silva
Cruz e Cristiane Alencar Pereira, que foi presa em Marabá.
O
delegado Gabriel Henrique Alves Costa explicou à imprensa local como a
quadrilha atuava. Por se tratar da primeira fase das investigações, ele
adiantou que mais pessoas podem ser presas em breve. A Polícia Civil está
fazendo o trabalho técnico, enquanto a questão política, que envolve
cancelamento do concurso e realização de novo certamente, é de responsabilidade
do ente municipal”, disse.
O
delegado, conforme o Correio de Carajás, explicou que a quadrilha cobrava entre
R$ 2 mil e R$ 1 mil para entrada do candidato no “esquema”. O aliciador recebia
parte dessa grana e, após aprovação e posse, o candidato faria um empréstimo
para pagar o restante. Dependendo do cargo, o dinheiro variava entre R$ 20 mil
a R$ 30 mil.
De
acordo com o portal da região, Érica Patrícia é esposa de Rodrigo de Almeida,
um dos líderes e mentores da quadrilha. Ele é vice-diretor da Escola Nelson
Mandela, em Parauapebas. E continua sendo procurado pela polícia. “Ele é um
servidor público, tem mandado de prisão expedido contra si, e deverá se
apresentar à Justiça”, pontuou o delegado.
Cristiane
Alencar foi detida em casa, na Folha 8, Nova Marabá. Segundo o Correio de
Carajás, ela passou em um concurso público como policial penal e assumiu o cargo
há cerca de oito meses. A suspeita está grávida, com mais de seis meses, e
é esposa de Rafael Lima, envolvido com política em Marabá e que também está
foragido.
Já
Vilmara e Denilson Cruz são apontados pela PC por atuarem como aliciadores de
concurseiros para o esquema fraudulento no certame municipal. Toda investigação
do caso foi coordenada pela 20ª Seccional de Polícia Civil, com apoio da
Delegacia de Homicídios de Parauapebas e do NAI (Núcleo de Apoio à Investigação
de Marabá).
O
delegado Gabriel Henrique contou na coletiva de imprensa que Rodrigo e Rafael
agiam como mentores intelectuais da fraude do concurso da Prefeitura de
Parauapebas. “O modus operandi da quadrilha funcionava assim: após a
distribuição dos cadernos de questões, um fiscal de prova, membro da quadrilha,
tirava foto da prova e encaminhava para professores responderem as questões de
acordo com cada disciplina”, revelou o delegado.
Na
ação foram cumpridos também quatro mandados de busca e apreensão domiciliares.
Também foram identificados e colhidos outros elementos de interesse à apuração,
que permitirão a identificação de demais envolvidos no crime. "Durante o
intenso trabalho de investigação, conseguimos identificar os mentores
intelectuais, bem como diversas pessoas que se beneficiaram utilizando ponto
eletrônico para realização da prova", contou o delegado Vinicius Cardoso,
superintendente da PCPA em Marabá.
As
investigações continuam e os presos estão à disposição da Justiça. A redação
integrada de O Liberal solicitou um posicionamento da Secretaria de Estado de
Administração Penitenciária (Seap) e da Prefeitura de Parauapebas. Em ambos os
casos, a reportagem aguarda retorno.
O
Liberal
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