(No
Pará, o número de casos confirmados chega a 1.521 e 3.658 estão em
investigação. Um óbito foi confirmado e outros dois estão sendo investigados)
O
Brasil tem apresentado, em 2024, um aumento expressivo de casos de dengue,
importante problema de saúde pública no país há cerca de 40 anos. Desde o ano
passado, o Ministério da Saúde está em constante monitoramento, acompanhando o
cenário epidemiológico e direcionando ações estratégicas de prevenção e
cuidado.
Atualmente,
17 unidades da federação estão com incidência de dengue 1 em níveis acima do esperado histórico.
Dessas, 15 estão com tendência crescente e espera-se que essa tendência
persista pelo menos até o final de março, em boa parte do país. Além disso, é
importante ressaltar que outros vírus podem estar circulando, como o oropouche,
na região Norte.
Desde
o início de 2024 até agora foram notificados cerca de 973 mil casos suspeitos
de dengue no país, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com
195 óbitos confirmados e 672 em investigação.
No
Pará, o número de casos confirmados chega a 1.521 e 3.658 estão em
investigação. Um óbito foi confirmado e outros dois estão sendo investigados.
O
controle da dengue e do mosquito Aedes aegypti estão entre os maiores desafios da saúde
pública no Brasil e no mundo, exigindo ações de todas as esferas da gestão e
participação ativa da população. Nesta terça-feira (27), o Ministério da Saúde
atualizou o cenário e as ações de controle. Entre as novidades, está a
realização do Dia D no próximo sábado, 2 de março, uma mobilização nacional
para reforçar as ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito, com o
tema ‘10 minutos contra a dengue’.
O
aumento no número de casos neste período do ano não era esperado, considerando
as tendências históricas, que indicam o pico das epidemias entre março e abril.
Os motivos para esta situação diferente do esperado têm raízes múltiplas, mas
as alterações climáticas, em especial na época de chuvas, e a mudança nos
sorotipos circulantes da dengue, são alguns dos principais fatores. A imunidade
para dengue é sorotipo-específica, então a circulação de
diferentes sorotipos aumenta o risco de disseminação da doença porque alcança
parte da população sem defesas (imunidade).
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