Financiamento
de projetos de infraestrutura de pequeno e médio portes favorece setores como o
avanço da transição energética
Projetos
de transição energética, saneamento, logística e transporte, mobilidade urbana
e telecomunicações terão, a partir de agora, financiamento do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O anúncio foi feito no
último dia 20. O aporte de R$ 500 milhões virá através do novo Fundo de
Investimento em Direitos Creditórios (FIDC).
O
novo FIDC tem foco em infraestrutura. E a gestão será feita pelo
Pátria Investimentos. A diretora de Mercado de Capitais e Finanças Sustentáveis
da instituição, Natália Dias, explica que essa é uma tradição do banco.
“Historicamente, o BNDES é um dos principais provedores de recursos para o
investimento em infraestrutura no Brasil, dada a importância desse setor para o
desenvolvimento econômico do país e melhoria da qualidade de vida dos
brasileiros”.
A
iniciativa é voltada para pequenos e médios projetos, incluindo os greenfield – aqueles
que são executados a partir do zero. Em especial, projetos no modelo recours
project finance non-e — ou seja, projetos nos quais não há necessidade de
carta de fiança como garantia. A escolha por esses projetos de menor porte se
deve à dificuldade maior de "acesso a estruturas tradicionais de
financiamento e ao mercado de capitais”, de acordo com a diretora.
Quem
se beneficia com a iniciativa
Um
dos focos do fundo são os projetos de transição energética. Para Davi Bomtempo,
gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional
da Indústria (CNI), esse recurso veio para se somar a um portfólio maior com o
objetivo de fazer a transição para uma economia de baixo carbono.
“Todo
recurso disponível, direcionado a essa área, é de grande valor para o setor
industrial. É ele que vai permitir que se faça uma transição para uma
economia de baixo carbono. E com certeza, vai ajudar também um nicho de
empresas bastante relevante que são as micro, pequenas e médias empresas”,
complementa Bomtempo.
A
CNI apoia o setor produtivo a contribuir para a agenda ambiental no país.
E as indústrias, cada vez mais, se mostram empenhadas e responsáveis por
estimular a implementação de compromissos climáticos no Brasil.
“Essa
é uma agenda prioritária da CNI. E mais especificamente dentro da
transição energética, há um foco em eficiência energética, expansão de
renováveis — como solar, eólica e biomassa — como atrair novas tecnologias como
hidrogênio verde e também captura de carbono. E ainda fortalecer a nossa
Política Nacional de Biocombustíveis.”
Fonte:
Brasil 61
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