(Foto:
Paulo Pinto/Agencia Brasil)
Vinte
e seis dos 32 repatriados da Faixa de Gaza chegaram nesta quarta-feira (15) a
São Paulo. A aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou às 11h23 na Base
Aérea de Guarulhos. Dos 26, nove seguem para a casa de familiares e 17 para um
abrigo no interior paulista. Os números foram atualizados hoje; inicialmente 12
iriam para o abrigo.
“A
gente está muito feliz. Eu não acredito até agora que consegui sair dali viva”,
contou Shahed al-Banna, que mora em São Paulo e retornará a sua casa. Ela
explicou que foi à Palestina acompanhar a mãe doente, para que ela se
despedisse da família. “Ela teve câncer e faleceu”, relatou.
O
grupo de brasileiros repatriado do enclave, que está no centro do conflito no
Oriente Médio, chegou a Brasília na madrugada de segunda-feira (13), após mais
de um mês de espera.
Shahed
lamenta que familiares ainda estejam na área de bombardeios.
“Estamos preocupados com quem ficou
lá. Não vou conseguir ter completa felicidade até que eles venham para cá.”
Mahmoud Abuhaloub também foi um dos
que desembarcou esta manhã em São Paulo e disse estar feliz de voltar ao
Brasil. “Lá [em Gaza] tenho dois irmãos, com as famílias deles, e minha irmã. A
minha irmã está sob a minha responsabilidade”, relatou à TV
Brasil.
Rodrigo
Portela, assessor da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e
Segurança Pública, lembrou das ações do governo para auxiliar na chegada dos
repatriados.
“A gente resgatou essas pessoas em
meio à guerra. As pessoas então tinham problemas de saúde, problemas emocionais
e problemas financeiros também. O governo federal optou por fazer essa operação
que iniciou com um pouso em Brasília para a gente fazer o acolhimento,
tratamento de saúde dessas pessoas lá na base aérea, no hospital da FAB.”
Abrigo
A
localização exata do abrigo não foi revelada por questões de segurança. O local
é destinado a receber refugiados. As cinco famílias ficarão em unidades
individuais com quartos e banheiros, refeitório para alimentação e espaço para
convivência.
Elas
poderão permanecer no local por tempo indeterminado. Esses repatriados
solicitaram a ida ao abrigo por não terem onde se instalar no país.
Nos
dois primeiros dias em Brasília, equipes do Ministério da Justiça atenderam os
repatriados e orientaram sobre a regularização migratória para que possam ter
acesso a documentos, como RG, CPF, segunda via de certidão de nascimento,
autorização de residência e de trabalho e visto de permanência temporário.
Denise
Griesinger: Agencia Brasil/Berokanfm
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