(Foto:
Representação Brasileira em Ramia/Divulgação Agencia Brasil)
A
Operação Voltando em Paz realizou nesta quarta-feira (1°) mais uma ação para
repatriar brasileiros da zona de conflito no Oriente Médio, dessa vez da
Cisjordânia. Foram resgatados 33 brasileiros de 12 famílias (12 homens, 10
mulheres e 11 crianças) que manifestaram interesse em deixar a Palestina.
Eles
foram conduzidos em vans e ônibus de 11 cidades diferentes da Cisjordânia até a
cidade de Jericó. De lá, todos cruzaram a fronteira em um ônibus fretado pelo
governo brasileiro até Amã, a capital da Jordânia, em um deslocamento de pouco
mais de uma hora.
O
embaixador do Brasil na Cisjordânia, Alessandro Candeas, informou que os
veículos foram identificados com a bandeira do Brasil para evitar bombardeios.
"Para fins de segurança, as placas, trajetos e listas de passageiros foram
informados às autoridades da Palestina e de Israel", destacou.
Os
brasileiros devem embarcar no Aeroporto Internacional Queen Alia, em Amã, em
uma aeronave cedida pela Presidência da República que já está no local com
destino à Base Aérea de Brasília. Já no território nacional, eles seguirão para
cinco capitais – São Paulo, Florianópolis, Recife, Rio de Janeiro e Curitiba –,
além de Foz do Iguaçu (PR).
Com isso, o total de brasileiros repatriados da região do conflito chega a 1.446. Foram oito voos patrocinados pelo governo brasileiro.
Outro
grupo, de 34 brasileiros e familiares, ainda aguarda para deixar a Faixa de
Gaza. Eles estão no Sul do enclave, nas cidades de Khan Yunis e Rafah, próximos
à fronteira com o Egito.
Nesta
quarta-feira (1), a fronteira foi aberta pela primeira vez desde o início do
conflito para a saída de palestinos feridos e de um grupo de cerca de 450
estrangeiros.
“Novas
listas serão publicadas em breve e nossos brasileiros devem estar nelas”,
afirmou o embaixador Candeas.
Cisjordânia
O
território da Palestina reconhecido internacionalmente é formado pela Faixa de
Gaza, controlada pelo Hamas, e pela Cisjordânia, controlada parcialmente pela
Autoridade Palestina, entidade essa que, ao contrário do Hamas, é reconhecida por Israel e pela maior parte da
comunidade internacional como o legítimo representante do povo palestino.
Desde
o início das atuais hostilidades na Faixa de Gaza, há 26 dias, a violência na
Cisjordânia cresceu com uma série de assassinatos e confrontos entre
palestinos, forças de segurança israelenses e da Autoridade Palestina e ataques
de colonos contra palestinos. Os colonos são os israelenses que vivem em
assentamentos dentro da Cisjordânia.
Do
dia 7 de outubro até esta terça-feira (31), foram registrados 123 assassinatos
de palestinos na Cisjordânia, incluindo 34 crianças. Outros 2.206 ficaram
feridos. Do lado israelense, foi registrada a morte de 1 soldado e outros 13
feridos.
Denise
Griesinger: Agencia Brasil/Berokanfm
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