Nas oficinas realizadas dentro da programação do evento, a Adepará orientou sobre o cadastro de propriedades com criação de abelhas e mostrou as etapas para o registro de unidades de beneficiamento de mel.
A
fiscal agropecuária, médica veterinária Glaucy Carrera, detalhou os documentos
necessários para efetuar o cadastramento e falou da importância em manter o
cadastro atualizado.
Atualmente
existem 279 propriedades com criação de abelhas cadastradas no Pará. O
município de Parauapebas possui 6 propriedades cadastradas na Agência. A
expectativa é aumentar esse número para que o Serviço Veterinário Oficial possa
conhecer a realidade dessa cadeia produtiva e possa realizar com mais
eficiência a vigilância de doenças que causam prejuízo nessa atividade.
De acordo com a Lei 6.712/2005, o cadastro agropecuário é obrigatório e protege a sanidade das colmeias. A regularização da cadeia produtiva é fundamental para garantir a sanidade e qualidade dos produtos derivados do mel, proporcionando segurança alimentar para a população que consumirá produtos inspecionados e registrados e também para a sustentabilidade da atividade apícola e da meliponicultura, que é a criação de abelhas sem ferrão.
A
oficina da Agência de Desenvolvimento Agropecuário também abordou as doenças
das abelhas de notificação obrigatória e ensinou como os apicultores e
meliponicultores devem agir em caso de suspeita de doenças nas colmeias,
utilizando o sistema de informações veterinárias (Sisbravet) para realizar o
registro e comunicar a Agência.
"É fundamental que o produtor nos
mantenha informados sobre a ocorrência de alguma suspeita de doenças e se ele
for cadastrado na Agência isso vai tornar o atendimento mais rápido pois vamos
saber a localização exata da propriedade e a doença poderá ser contida mais
rapidamente" , ressaltou a Veterinaria Glaucy Carrera.
Registro
de Estabelecimentos despertou interesse nos produtores
O
apicultor Antônio Patrick Guimarães Mendes se deslocou de Viseu, no nordeste do
Pará, para participar do evento. Ele possui 70 colmeias e comercializa o mel
por meio da Associação Viseuense de Apicultores (Avapis), que é uma das mais
antigas do Estado e possui 20 associados. Atento a oficina, ele busca a
certificação para sair da informalidade e poder comercializar em todo o Estado.
"Viemos
saber como cadastrar a associação e certificar a nossa produção para poder
vender em todo o Estado", disse o apicultor.
As
etapas para o registro de estabelecimentos que processam o mel foram detalhadas
pelo serviço de inspeção artesanal da agência de defesa. "É fundamental o
Cadastro do fornecedor de matéria prima e depois seguir as normas higiênico
sanitárias para a aquisição de equipamentos, instalações e produção. Isso
garante que o produto é seguro para o consumo humano", ressaltou Sumaya
Paulino, gerente do serviço de inspeção artesanal de produtos de origem animal.
Além
das oficinas, a Adepará também realizou visitas a propriedades localizadas na
zona rural de parauapebas para orientar produtores sobre o funcionamento das
unidades beneficiadoras de mel de abelhas.
Ana
Alice Queiroz, da Associação Filhas do Mel da Amazonia, há dez anos trabalha
com a criação de abelhas e conta que faz cinco anos que a atividade se tornou a
principal renda da família. A unidade de beneficiamento está em construção e
deve aumentar a produção que hoje fica em torno de 500 quilos de mel de abelhas
sem ferrão e 10 quilos de mel de uruçu, oriundo das meliponas, abelhas que não
tem ferrão.
"Eu crio abelhas com todo amor do
mundo e quando a gente obter o registro da nossa produção eu vou me sentir
muito realizada e imensamente feliz porque é um projeto de dez anos e hoje aqui
na Associação já são 24 famílias que vivem dessa atividade", contou a apicultora.
Serviço:
Os
criadores de abelhas que quiserem obter maiores informações sobre o
cadastramento da criação e o registro do seu produto junto à ADEPARÁ, devem
acessar o site da Agência ou entrar em contato com a Gerência do Programa
Estadual de Saúde das Abelhas pelo fone: (91) 99392-2469 e
email: gpnsab@gmail.com ou
com a Gerência Artesanal Animal pelo telefone (91 ) 99242-4560, e, ainda pelo
gpaa.adepara@gmail.com.
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