O empreendedorismo feminino tem suas particularidades: costuma vir acompanhado de maneiras de lidar com a pressão no mercado, a maternidade, o cotidiano marcado pelo trabalho doméstico, tornando os desafios ainda maiores para a maioria das mulheres.
Esse
foi o caso de Gabrielly Reis de 23 anos, mãe solo, que encontrou a oportunidade
de crescimento no mercado virtual. Ela conta que, na pandemia do coronavírus,
estava grávida e desempregada, sem perspectiva profissional, pois seu setor de
atuação, o de eventos, estava totalmente parado. Foi quando começou a produzir
máscaras personalizadas e conforme os meses foram passando, viu sua produção
aumentar. Hoje é dona de uma loja física e outra virtual, trabalhando com
diversos produtos personalizados, em que é possível comprar desde canecas
personalizadas a quadros e molduras.
Nesse
cenário, a Jucepa aponta sinais de recuperação do empreendedorismo feminino em
um estudo que tem como base o Relatório de Registro Mercantil, que divulga que
existiam 31.166 mil mulheres à frente de negócios no ano 2022, um aumento
significativo se comparado ao ano de 2020, quando o número alcançado era
30.489, dado ainda maior quando comparado a 2019, que totalizava 25.969
mulheres empreendedoras no estado do Pará.
Cilene
Sabino, presidente da Jucepa, afirma que viu de forma desafiadora o final do
ano de 2022 e o início de 2023, mas, ao mesmo, com muitas possibilidades de
crescimento, especialmente para as mulheres.
"A
Jucepa tem buscado diversas ferramentas para ampliar a inclusão dos
empreendedores no mercado formal. Destaco a Junta 100% digital, o retorno dos
canais de atendimento de telefone, o call center, o chat, o serviço de suporte
ao usuário, a carteira de identidade do empresário. É um marco o Radar como
serviço de monitoramento, oferecendo informação e segurança, esses e outros
serviços fazem grande diferença para quem busca empreender no Pará",
afirma.
Crescimento -
Atualmente, no Pará, existem mais 80, 109 mil empreendimentos no estado do
Pará, e deste universo, 38,90% são liderados por mulheres. Sabino complementa
que "ainda que seja um porcentual menor que dos homens, não deixa de ser
significativo, pois é crescente e ainda considerando que as mulheres atuam em
múltiplas tarefas, assumem diversas funções, não só na economia, mas nos
formatos das famílias" acrescenta.
Entre
as atividades chefiadas pelo segmento feminino em 2022, lidera o comércio de
artigos de vestuário e acessórios, com12,21%, seguido por cabeleireiros,
manicure e pedicure com 5,21%, e em terceiro lugar Promoção de vendas, com
5,11%, e em quarto lugar, restaurantes e similares com 4,18%.
"Temos
um número crescente de empreendedores, especialmente mulheres, que a cada dia
se revelam em um papel fundamental na economia de suas famílias, são provedoras
dos seus lares. É importante incentivar, fortalecer o empreendedorismo, buscar
cada vez mais a desburocratização, para que os informais busquem a formalização
de seus empreendimentos, e com isso todo o ciclo se fortaleça, e dialogar sobre
economia em todas as suas perspectivas", acredita a presidente da Jucepa.
Agencia
do Pará.
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