ENCONTRÃO DAS CEBS - RIO MARIA-PA
As CEBs se constituem em uma das experiências mais significativas, sendo inclusive de estimulo ás diversas pastorais de uma paróquia.
Mas, o que é CEB?
Comunidade Eclesial de Base, geralmente composta de varias famílias que vivem próximas, vizinhos, habitantes de um bairro, uma vila, ou localidade rural, colônia, assentamento ou agrovila.
As CEBs são comunidades, uma reunião de pessoas que vivem na mesma região e possuem a mesma fé. São eclesiais, porque estão unidas à Igreja. São de base porque são constituídas de pessoas das classes populares. Localizam-se em geral na zona rural e na periferia das cidades. Através do método ver-julgar-agir buscam olhar a realidade em que vivem (VER), julgá-la com os olhos da fé (JULGAR) e encontrar caminhos de ação impulsionados por este mesmo juízo á luz da fé (AGIR), usando a leitura bíblica em articulação com a vida. (frei Beto)
A Bíblia descreve no antigo testamento o inicio da organização do povo de Deus, narra de quando o povo Hebreu chegou a terra prometida, o grupo foi subdividido em pequenos grupos (12) distintos, transformando assim em pequenas comunidades, os quais posteriormente transformaram-se em vilas e cidades, dando-nos uma noção de que as comunidades já existiam desde há muito tempo. Contudo, passaram a ter maior visibilidade a partir do concilio Vaticano II, (1961/1965), eram no inicio, chamadas de Comunidades Cristiniana de Base. Porém, incentivadas pelo espírito Eclesial das conferencias de Medelin e Puebla, (1979), se desenvolveram, passando a ser conhecidas como as atuais Comunidades Eclesiais de Base.
No Brasil, quando muitas Organizações Civis foram perseguidas, a maioria delas até extintas, com quanto as CEBs persistiram, sendo inclusive um importante espaço para que as pessoas pudesse se reunirem e discutirem a luz da Palavra (Bíblia), a realidade e suas demandas, especialmente a busca por direitos individual e coletivo. Serviram também, como um importante instrumento para o ressurgimento de algumas entidades e para a criação de outras organizações, dentre elas Associações de Bairro, Associações de colonos, além de apoio aos sindicatos.
Quando o Papa João Paulo VI ao final do Sínodo sobre evangelização no mundo, (1974), referiu-se as CEBs como uma esperança para toda igreja estava convencido do valor da experiência das Comunidades Eclesial de Base, em especial na América Latina. No Brasil, por exemplo, as CEBs tem sido um importante instrumento na construção das pastorais sociais da igreja católica, principalmente nas pequenas cidades, nas periferias e na área rural, como por exemplo: pastoral da Terra, Pastoral Operaria, Pastoral Carcerária, pastoral indígena, Pastoral da Criança, entre outras. Lembrando que a muitas das lideranças atuantes na sociedade, iniciaram sua militância a partir dos espaços promovidos pelas CEBs, como por exemplo: Os Interclesiais, As Assembléias Paróquias e Diocesana, onde descobriram-se capazes de contribuir para o desenvolvimento social e econômico.
O Interclesiais de CEBs, já em sua décima segunda edição, distingue-se em um dos mais importantes e principal momentos de Aglutinação de idéias,
experiências e de renovação do Espírito que norteia as atividades das Comunidades, inclusive da igreja Católica. Este espaço, tem se constituído em um dos principais fóruns de discussão de forma mais abrangente e de forma organizada das lideranças comunitárias e religiosa. Neste também, que se tem a noção da evolução das Comunidades Eclesial de Base, no Brasil e Na América Latina. Onde lideranças comunitárias, padres, bispos, lideranças indígenas, representantes de Igrejas Evangélicas e de Religiões Afro discutem durante três dias as demandas vindas das varias Dioceses do Brasil e da América Latina neste contexto que são extraídas também as diretrizes que nortearão boa parte da Pastoral da Igreja, ressalvando as especificidades de cada região.
Contudo, para se chegar ao interclesial as lideranças percorrem um longo caminho. O que variavelmente é feito em três momentos:
( não é uma regra geral, porém algumas dioceses).
Um dos momentos, as pessoas das comunidades se reúnem, em seus respectivos Núcleos (Bairro, vila, colônia, etc.), nos quais são discutidas e decididas as demandas locais e escolhidos os representantes para participarem da Assembléia Paroquial.
O segundo passo, os representantes das comunidades, munidos de suas respectivas demandas, se reúnem em Assembléia, na qual todos os representantes das comunidades sob a jurisdição da Paróquia são convidados, nesta são definidos as demandas em nível paroquial e escolhidos os delegados para a Assembléia Diocesana.
Já o terceiro momento, é reunido os delegado vindo das diversas paróquias que compõe a Diocese sobe a coordenação do Bispo ou de alguém por ele indicado. Ali, são definidos os encaminhamentos para o Interclesial de CEBs.
Assim: CEBs+Paróquia+Diocese=Interclesial.
Depois, o caminho é inverso:
Interclesial+CEBs+Paróquia=Diocese, porém isso não constitui em receita geral, cada Paróquia, Cada Diocese tem sua própria Dinâmica e Metodologia de trabalhar. No caso da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, o repasse das discussões do décimo segundo Interclesial (Porto Velho, Rondônia), foi realizado dia 30 de agosto de 2009, no Barracão Comunitário Divino Pai Eterno, Bairro Setor Remor, Rio Maria, Pa.
O Evento iniciou ás 08:00 horas e se estendeu até as 17:30 horas. Participou aproximadamente 150 pessoas representando as Comunidades São José Operário (Liberdade), São Miguel Arcanjo (Planalto), São João Batista (Vila Nova), São Pedro e São Paulo (Cascalheira), Maria de Nazaré (Maringá); Nossa Senhora Aparecida (Centro) Zona Urbana e da Zona Rural as Comunidades São José e São Miguel.
A primeira Parte do “Encontrão” foi reservado para que os representantes fizessem o repasse, socializando, o máximo de informações a respeito do 12º. Interclesial de CEBs. A segunda parte foi utilizada para expor um breve resgate do histórico e das atividades realizadas pelas comunidades presentes.
De acordo com Padre Joaquim, vigário da paróquia Nossa Senhora Aparecida, apesar do numero de comunidades atendidas pela Paróquia ter diminuído em aproximadamente cinqüenta por cento nos últimos quarto anos, o numero de participantes superou o ano passado.
Um dos fatores que podem ter contribuído para diminuir o número das comunidades é a migração da população rural, especialmente dos agricultores para a cidade em função da grande concentração fundiária na região de Rio Maria. Muitas famílias abandonaram seus lotes para viver na área urbana. Porém não é somente isso, o normal quando isso acontece é diminuir o numero de habitantes da zona rural, em contrapartida, aumenta a quantidade de pessoas na cidade. Rio Maria esta acontecendo diferente. As comunidades da área rural estão acabando e está diminuindo o numero de participantes das CEBs na zona Urbana, inclusive a quantidade de Pastorais Paroquial.
Um dos fatores contribuinte neste processo pode até ser a metodologia que a igreja esta utilizando para colocar em pratica as mudanças pretendidas. A maioria dos processos de modificação, especialmente religioso e sociológico, geralmente é difícil de ser assimilado pelo povo, principalmente das famílias tradicionais e simples das pequenas cidades. Além disso, a mudança pretendida pela paróquia, mexe com tradições, costumes e culturas de muitas pessoas, o que poderá levar ainda mais tempo para ser absorvido.
Uma das mudanças foi à substituição da procissão da padroeira pela carreata. Mudanças também ocorreram na realização da procissão da paixão de Cristo (de sexta para quarta-feira Santa). Isso pode estar influenciando para o esvaziamento das atividades das CEBs. Mesmo porque, as lideranças das Comunidades Eclesial de Base, se orientaram por muito tempo algumas das reflexões do Concilio Vaticano e das Conferencias de Puebla e Medelim, em que o Clero, aconselhou a preferência pelos pobres e excluídos. Pobre e excluído não possuem carros.
Além da nova metodologia pode estar havendo pouco espaço na agenda paroquial destinada á capacitação e de motivação para as novas lideranças, muitas delas ainda desconhecem o real significado do trabalho desenvolvido pelas CEBs. Porem, Importante é que a caminhada continua.
Dependendo da persistência das lideranças comunitárias, o “Trem das CEBs” ainda terá um longo caminho a percorrer.
30/08/09
Jota Neto.
Fonte Consultada:
Faustino Teixeira.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
ENCONTRÃO DAS CEBs - RIO MARIA - PA
Execução de Serviços de Radiodifusão Comuintária. Desenvolver o espirito comunitário, promovendo a integração da Comunidade, estimulando a Cultura, o lazer e o convívio social.
A
Promover a cultura nacional, regional e local e estimular a produção que objetive suas divulgações.
Prestar serviços de utilidade pública.
Estimular o aperfeiçoamento profissional de pessoas na área de jornalismo e radialismo e outras que visem o crescimento e dsenvolvimento de comunicação radiofônica.
Incentivar, com atuação imediata e constannte a luta pela democratização dos meios de comunicação, atraves de meios prorpios ou alternativ
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