quinta-feira, 13 de novembro de 2025

RAINHA DA DINAMARCA VISITA PARQUE DO UTINGA E CONHECE O MEMORIAL VERÔNICA TEMBÉ, SÍMBOLO DA RESISTÊNCIA INDÍGENA NA AMAZÔNIA

A visita integrou o conjunto de atividades da monarca durante sua passagem pelo Pará, no contexto da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30

A rainha Mary Donaldson, conhecida também como Maria da Dinamarca, visitou, nesta quarta-feira (12), o Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna, em Belém, em uma agenda marcada pela valorização da cultura indígena e pela troca de experiências sobre conservação ambiental e sustentabilidade. A visita integrou o conjunto de atividades da monarca durante sua passagem pelo Pará, no contexto da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30.

A comitiva real foi recepcionada pela secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal; pela secretária de Estado dos Povos Indígenas, Puyr Tembé; e pelo gerente da Região Administrativa de Belém do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio), Júlio Meyer. Também participaram da recepção representantes da Articulação Nacional de Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga), que apresentaram à rainha o trabalho das mulheres indígenas em defesa da floresta e do clima.

Durante a visita, a rainha Mary conheceu o Memorial Verônica Tembé, um espaço de acolhimento e fruição das culturas indígenas paraenses, localizado dentro do Parque Estadual do Utinga. O memorial homenageia Verônica Tembé, a primeira cacica Tembé-Tenetehara e uma das principais lideranças indígenas do Pará, cuja luta foi decisiva para a homologação da Terra Indígena Alto Rio Guamá (TIARG), em 1993. O espaço abriga uma exposição com mais de 1.480 peças provenientes do oeste paraense, salvaguardadas pelo Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM/Secult).

Encantada com a visita, a rainha acompanhou uma apresentação cultural realizada por indígenas da etnia Tembé, que compartilharam danças, cânticos e narrativas sobre sua história e ancestralidade. O momento foi marcado por emoção e reconhecimento à trajetória de resistência dos povos originários da Amazônia, especialmente das mulheres que mantêm viva a herança cultural e espiritual de suas comunidades.

Após conhecer o memorial, a rainha Mary visitou o mirante do lago Água Preta, um dos mananciais responsáveis por 70% do abastecimento da Região Metropolitana de Belém, acompanhada pelo gerente Júlio Meyer, que apresentou os projetos de conservação desenvolvidos pelo Ideflor-Bio. “A visita da rainha foi uma oportunidade de mostrar o papel do Estado e do Instituto na proteção da biodiversidade. Conversamos sobre a importância das terras indígenas e das unidades de conservação, que juntas protegem mais de 50% do território paraense. Ela se mostrou muito interessada na nossa fauna, especialmente nas aves e na biodiversidade do lago, uma das maiores em parques urbanos do mundo”, contou.

Com informações de Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

As opiniões expressas em materias, artigos e comentarios neste ambiente assim como em todo o portal são de exclusiva responsabilidade do autor e não necessariamente representam o posicionamento do Blog da Rádio Berrokan FM 104, 9.