quarta-feira, 19 de novembro de 2025

MINISTRA ANUNCIA 4 NOVAS TERRAS INDÍGENAS E DEMARCAÇÃO DE OUTRAS 10, NA COP 30 EM BELÉM; VEJA QUAIS

(A demarcação e reconhecimento de terras são algumas das reivindicações dos cerca de 5 mil indígenas que estão na capital paraense.)

Indígenas da TI Sawré Ba'pim, em Itaituba (PA). — Foto: GT da TI Sawré Ba'pim 

(Foto: GT da TI Sawré Ba'pim)

A ministra dos Povos Indígenas Sonia Guajajara assinou, nesta terça-feira (18), o reconhecimento de quatro Terras Indígenas (T.I.) e a delimitação, por portaria, de 10 novos territórios indígenas.

As assinaturas foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) e anunciadas em Belém durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP 30.

Para o Ministério dos Povos Indígenas, a assinatura reconhece "oficialmente a ocupação tradicional de povos indígenas, é um passo fundamental rumo à demarcação" e integra um "programa inédito de proteção florestal".

Segundo o Observatório do Clima, nas últimas três décadas, as terras Indígenas perderam 1% da floresta nativa enquanto que, no mesmo período, áreas privadas perderam 20%. Quando preservadas, as terras indígenas protegem a saúde na Amazônia.

As quatro terras indígenas que foram reconhecidas somam 2,182 milhões de hectares e estão nos municípios de Faro e Oriximiná, no Pará, e Nhamundá, no Amazonas. São elas:

·        TI Kaxuyana-Tunayana (PA–AM)

·        TI Manoki (MT)

·        TI Uirapuru (MT)

·        TI Estação Parecis (MT)

Já as portarias de declaração de 10 Terras Indígenas contemplam áreas em São Paulo, de territórios Guarani, que teve reconhecimento também em Mato Grosso do Sul; três no Nordeste, sendo duas na Bahia e uma em Pernambuco; e duas no Norte, sendo no Pará e outra no Amazonas. Veja abaixo:

·        TI Sawre Ba’pim (PA - Munduruku)

·        TI Vista Alegre (AM - Mura)

·        TI Tupinambá de Olivença (BA - Tupinambá)

·        TI Comexatiba (BA - Pataxó)

·        TI Ypoi Triunfo (MS - Guarani)

·        TI Pankará da Serra do Arapuá (PE - Pankara)

·        TI Sambaqui (PR - Guarani)

·        TI Ka'aguy Hovy (SP - Guarani)

·        TI Pakurity (SP - Guarani)

·        TI Ka'aguy Mirim (SP - Guarani)

O coordenador-geral da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Toya Manchineri, disse que “a Amazônia precisa seguir no centro da política de demarcação".

"Cada território reconhecido significa floresta em pé, clima equilibrado e vida para os povos que protegem essa região. Os anúncios são importantes, mas ainda insuficientes diante da gravidade das ameaças.”

Com informações de Taymã Carneiro e Valéria Martins/G1/PA

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