(A demarcação e reconhecimento de terras são algumas das reivindicações dos cerca de 5 mil indígenas que estão na capital paraense.)
(Foto:
GT da TI Sawré Ba'pim)
A
ministra dos Povos Indígenas Sonia Guajajara assinou, nesta terça-feira (18), o
reconhecimento de quatro Terras Indígenas (T.I.) e a delimitação, por
portaria, de 10 novos territórios indígenas.
As
assinaturas foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) e anunciadas
em Belém durante a 30ª Conferência das
Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP 30.
Para
o Ministério dos Povos Indígenas, a assinatura reconhece "oficialmente a
ocupação tradicional de povos indígenas, é um passo fundamental rumo à
demarcação" e integra um "programa inédito de proteção
florestal".
Segundo
o Observatório do Clima, nas últimas três décadas, as terras Indígenas perderam 1% da
floresta nativa enquanto que, no mesmo período, áreas privadas perderam 20%.
Quando preservadas, as terras indígenas protegem a saúde na Amazônia.
As quatro terras
indígenas que foram reconhecidas somam 2,182 milhões de hectares e estão nos
municípios de Faro e Oriximiná, no Pará, e Nhamundá, no Amazonas. São elas:
·
TI Kaxuyana-Tunayana (PA–AM)
·
TI Manoki (MT)
·
TI Uirapuru (MT)
·
TI Estação Parecis (MT)
Já
as portarias de declaração de 10 Terras Indígenas contemplam áreas em São
Paulo, de territórios Guarani, que teve reconhecimento também em Mato Grosso do
Sul; três no Nordeste, sendo duas na Bahia e uma em Pernambuco; e duas no
Norte, sendo no Pará e outra no Amazonas. Veja
abaixo:
·
TI Sawre Ba’pim (PA - Munduruku)
·
TI Vista Alegre (AM - Mura)
·
TI Tupinambá de Olivença (BA - Tupinambá)
·
TI Comexatiba (BA - Pataxó)
·
TI Ypoi Triunfo (MS - Guarani)
·
TI Pankará da Serra do Arapuá (PE - Pankara)
·
TI Sambaqui (PR - Guarani)
·
TI Ka'aguy Hovy (SP - Guarani)
·
TI Pakurity (SP - Guarani)
·
TI Ka'aguy Mirim (SP - Guarani)
O
coordenador-geral da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia
Brasileira (Coiab), Toya Manchineri, disse que “a Amazônia precisa seguir no
centro da política de demarcação".
"Cada
território reconhecido significa floresta em pé, clima equilibrado e vida para
os povos que protegem essa região. Os anúncios são importantes, mas ainda
insuficientes diante da gravidade das ameaças.”
Com
informações de Taymã Carneiro e Valéria Martins/G1/PA
Nenhum comentário:
Postar um comentário
As opiniões expressas em materias, artigos e comentarios neste ambiente assim como em todo o portal são de exclusiva responsabilidade do autor e não necessariamente representam o posicionamento do Blog da Rádio Berrokan FM 104, 9.