(CONAB DIVULGA O 2º LEVANTAMENTO DA TEMPORADA DE 2025/2026)
(Foto: CNA/Wenderson Araujo/Trilux)
O Brasil colherá 354,8 milhões de toneladas
de grãos na safra 2025/26, segundo estimativa da Companhia Nacional
Abastecimento (Conab). Em termos de área, a previsão para o atual ciclo é
que o total utilizado para a produção seja de 84,4 milhões de hectares, o que
corresponde a um crescimento de 3,3% na comparação com a safra anterior.
A segunda estimativa para a atual safra de
grãos, divulgada nesta quinta-feira (13) pela Conab, indica que a produtividade
média nacional ficará em 4,2 mil quilos por hectare.
A companhia, no entanto, alerta que as
projeções podem variar, a depender das condições climáticas das regiões
produtoras – o que inclui as áreas do sul onde ocorreram, recentemente,
“eventos adversos”, bem como irregularidades pluviométricas no Mato Grosso e
atraso de precipitações no Goiás.
Soja
No caso da soja, a Conab projeta um aumento
de 3,6% na área a ser semeada, chegando a 49,1 milhões de hectares produzindo,
segundo a estimativa, um total de 177,6 milhões de toneladas.
O plantio da oleaginosa segue “dentro da
média dos últimos 5 anos, porém atrasado quando se compara com o percentual
registrado em período semelhante da temporada anterior, com destaque para Goiás
e Minas Gerais”, destacou a companhia ao informar que, nos dois estados,
“não foram registrados índices de chuvas satisfatórios para o avanço da
semeadura”.
No Mato Grosso, o plantio segue em ritmo
semelhante ao registrado na última safra.
“Porém, com a instabilidade climática
registrada em outubro, a implantação da cultura não foi feita nas condições
consideradas ideais, onde algumas áreas semeadas no início de outubro sentiram
os efeitos de déficit hídrico, comprometendo a população de plantas por hectare
e o estabelecimento inicial da oleaginosa”, detalha o levantamento.
Milho
A produção total estimada para as três safras
de milho no período é 138,8 milhões de toneladas. Se confirmado, o
resultado representa uma redução de 1,6% na comparação com o ciclo anterior. Em
termos de área cultivada, a Conab projeta um crescimento de 7,1%, na primeira
safra.
“As baixas temperaturas ocorridas durante
certos períodos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, retardaram a
emergência e o desenvolvimento inicial da cultura, mas ainda sem interferir no
potencial produtivo”, informou a Conab.
Algumas lavouras tiveram impactos negativos
por conta de “intensas precipitações, fortes ventos e granizos ocorridos no
início de novembro no Paraná, posteriores aos levantamentos realizados em
campo”, acrescentou a companhia.
Arroz e Feijão
O levantamento da Conab projeta um total de
11,3 milhões de toneladas de arroz a serem colhidas nesta temporada. O
resultado é 11,5% menor do que o obtido na safra anterior. Segundo a companhia,
essa queda decorre da diminuição da área de cultivo.
“No Rio Grande do Sul, principal estado
produtor do grão, a semeadura alcança mais de 78% do previsto, apesar de em
algumas áreas ter ocorrido atraso na operação, devido aos volumes de chuva que
impediam a entrada de maquinário no campo”, destacou a Conab.
A colheita estimada para as três safras de
feijão é 3,1 milhões de toneladas, volume que, segundo a Conab, é semelhante ao
ciclo anterior. A primeira safra apresenta queda de 7,3% na área plantada,
totalizando 841,9 mil hectares.
O total a ser produzido deve ficar em 977,9
mil toneladas, resultado 8% inferior ao obtido na safra passada.
“O plantio segue em andamento nos principais
estados produtores, já concluído em São Paulo, Paraná com 91% e Minas Gerais
com 44%”, destacou a Conab.
Culturas de inverno
Com relação às culturas de inverno, a safra
2025 já se encontra em sua fase de colheita, tendo, na produção de trigo, o
principal produto semeado. O segundo levantamento da Conab a safra de
grãos indica 7,7 milhões de toneladas a serem colhidas.
As condições climáticas das principais
regiões produtoras são consideradas “favoráveis” pela Conab, para as culturas.
“Entretanto, a redução dos investimentos em
insumos, especialmente fertilizantes e defensivos, tornou as lavouras mais
suscetíveis a doenças e limitou o pleno aproveitamento do potencial produtivo,
resultando em espigas menores e com menor número de grãos”, alerta a companhia.
“Vale destacar que no Paraná, as chuvas
intensas, registradas no início de novembro, podem influenciar as lavouras que
ainda permanecem em campo”, acrescentou.
Com informações de Pedro Peduzzi Agência
Brasil
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