O Plenário do Senado aprovou o projeto de lei complementar (PLP 185/2024) que propõe regulamentar a aposentadoria especial para agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate a endemias (ACE) em todo Brasil. A regulamentação estava prevista na Constituição desde 1988 e agora atingirá diretamente mais de 400 mil agentes que atuam na Atenção Primária em saúde pública em todo o território nacional. Por decisão unânime, o projeto agora segue para apreciação da Câmara dos Deputados.
O que muda com a proposta
A proposta reconhece que esses trabalhadores
estão expostos diariamente a riscos biológicos, condições adversas e deslocamentos
constantes, o que justifica regras diferenciadas de aposentadoria. As
principais mudanças são:
·
Idade e tempo de serviço definidos –
permite a aposentadoria com idade mínima de 52 anos para homens e 50 para
mulheres, tendo ao menos 20 anos de serviço
·
Aposentados passam a receber a
totalidade do salário que tinham como ativos
·
Os reajustes aplicados aos agentes da
ativa serão estendidos aos aposentados
·
Direito à pensão por morte
Impacto regional e municipal
A aprovação do projeto altera os regimes
próprios de previdência e será necessária uma reorganização administrativa e
financeira dos estados, municípios e do DF. Outros pontos apontam que a medida:
·
incentiva a profissionalização, o que
reduz rotatividade dentro das equipes, melhorando os indicadores de saúde e a
efetividade da Atenção Primária em nível local;
·
reduz a sobrecarga em UPAs e
hospitais; e
·
promove melhoria na gestão da saúde.
Impacto fiscal e "recado" ao
governo
A análise do projeto ocorreu em meio a uma
movimentação intensa nos bastidores de Brasília.
A decisão chamou atenção, já que o projeto
tem alto impacto fiscal, estimado em valores bilionários para os próximos anos.
Ainda assim, foi aprovado de maneira unânime, o que se especula ser um recado
político no dia da indicação ao STF.
As informações do site Senado Notícias
e Amanda Canellas da Agencia do Radio.
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