A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) realizou, nessa quinta-feira (07), em todo o território paraense, o Dia D contra a Febre Aftosa, para promover a conscientização sobre a doença e a importância da vacinação do rebanho.
Diversas
atividades aconteceram em todas as Unidades Regionais para lembrar aos
produtores rurais que o Serviço Veterinário Oficial realizará, no período de 1
a 30 de abril de 2024, a última etapa de imunização de bovinos e bubalinos
contra a doença no Pará e que o prazo não será prorrogado.
“O
dia D é o princípio das ações educativas a serem desenvolvidas no Estado, tendo
em vista esse momento de transição de retirada de vacina em busca do
reconhecimento de estado livre sem vacinação contra febre aftosa. O nivelamento
de informações com todos os envolvidos no processo é extremamente importante,
considerando que teremos a antecipação da última etapa de vacinação no mês de
abril, precisamos manter os bons índices vacinais e seguir para as próximas
etapas do pleito, por isso a participação dos produtores rurais e revendas
agropecuárias nessa parceria já consolidada é primordial”, explicou Graziela
Oliveira, gerente de defesa animal da Adepará.
Em
Belém, a programação ocorreu no Auditório D-200 do Campus Alcindo Cacela da
Universidade da Amazônia (UNAMA) com a realização de uma palestra sobre o
trabalho de vigilância desenvolvido pela ADEPARÁ em todos os municípios de
produção pecuária e foi direcionada a estudantes do último ano do curso de
Medicina Veterinária.
Além
da palestra, os fiscais estaduais agropecuários Clóvis Carneiro e Adriane
Moraes, que atuam na Gerência de Educação Sanitária, fizeram atividades lúdicas
com os universitários e dinâmicas em grupo para testar os conhecimentos dos
alunos sobre a doença e o trabalho que a Adepará executa em defesa da pecuária
paraense.
A
estudante do 9º semestre de medicina veterinária Geovana Cabral é de Aurora do
Pará, onde a família possui uma revenda agropecuária e vai poder multiplicar as
informações que obteve na palestra. “Tinha muita coisa que eu não sabia sobre o
assunto e agora vou poder informar para o produtor o motivo da antecipação da
vacina e vou saber explicar qual a importância de vacinar os animais nesta
última etapa”.
Para
a professora Natália Sidrim, a troca de experiência com os profissionais da
Adepará foi muito valiosa. “Essa experiência com o profissional que atua no
campo é extremamente vital e estimulador para os nossos estudantes”.
As
atividades aconteceram simultaneamente em sete Unidades Regionais da Adepará
localizadas em diferentes regiões do Estado e sensibilizaram produtores e a
sociedade em geral para o calendário de vacinação, que foi antecipado este ano,
passando de maio para abril, atendendo às exigências para alcançar o novo
status sanitário em que o Pará deverá ser inserido, que é área livre de aftosa
sem vacinação.
Pará
todo contra a Aftosa
Em
Marabá, onde está o 3º maior rebanho do Estado, o Gerente do Controle de
Revendas de Produtos Agropecuários, Alexandre Moura Chagas e a Médica
Veterinária, Raika Dias da Silva, abordaram os procedimentos para a
comercialização de produtos de uso veterinário durante palestra para 16
representantes de Revendas Agropecuárias. O município possui o maior
quantitativo de revendas agropecuárias do Pará.
Nos
municípios que integram a Regional de São Geraldo do Araguaia, as palestras
ocorreram em sindicatos rurais, associação de produtores e revendas
agropecuárias.
Em
Novo Progresso, Adepará e setor produtivo participaram de reunião na Câmara
Municipal. Em Tucumã, a palestra foi para produtores da Vila Jussara. Já em
Tomé-Açu, técnicos orientaram produtores no escritório da Adepará no município.
Em
Castanhal, o Dia D contra a febre aftosa ocorreu na Feira do Produtor Rural em
parceria com outras instituições. Em Mocajuba, uma ação educativa na Escola
municipal São José do Acapú envolveu alunos, professores e servidores. A
iniciativa contou com os servidores Paulo Valente, Denilson Brito e João
Queiroz, que abordaram a doença e a importância da prevenção.
Em
Altamira, que possui o 4o maior rebanho do Estado, houve ações no Sindicato
Rural do município e nas revendas que comercializam as vacinas. Nos municípios
atendidos pela Regional de Paragominas, houve reuniões e palestras em
secretarias municipais.
Em
Abaetetuba, os técnicos da Adepará divulgaram a campanha em programas de
rádio. Em Santarém, houve distribuição de panfletos e palestras em
revendas agropecuárias.
Pará
rumo a retirada da vacina
O
gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa, George Santos
ressalta que para obter o novo status sanitário de Zona Livre da doença sem
vacinação, o Pará precisará seguir as recomendações da Organização Mundial de
Saúde Animal (OMSA). Como o processo de suspensão da vacina inicia em maio,
além da antecipação da campanha, o Estado precisará ficar um ano sem vacinar o
rebanho, e por igual período, sem receber animais vacinados em seu território.
“O
Pará foi habilitado para fazer esse processo de suspensão. É uma questão
sanitária porque não temos casos da doença no Estado e também econômica porque
os principais mercados que se interessam por produtos agropecuários de Países
que não vacinam mais tem essa exigência. Se o Pará não tem casos de febre
aftosa continuar vacinando porquê? Vamos ter uma elevação do status sanitário e
isso dá uma visibilidade para o nosso produto pecuário. Agora, o produtor vai
poder distribuir melhor o investimento que ele fazia com as vacinas e
realocar em outras áreas da criação de animais. É um patamar que o Pará almeja,
tornar-se livre de febre aftosa sem vacinação”.
Acompanham
o Pará na suspensão os Estados do Maranhão, Amapá e Amazonas, que compõem o
Bloco II do Plano Estratégico de retirada da vacina. “A vacina será
substituída por uma vigilância mais eficaz, baseada em risco, como já está
acontecendo desde o ano passado. Então, nós mapeamos o território para saber
onde a febre aftosa poderia ter mais probabilidade de reintrodução e escolhemos
propriedades para intensificar a vigilância e fazer mais inspeções de patas e
bocas, que são os locais de preferência do vírus. Dessa forma, a gente consegue
ter uma vigilância mais robusta e mais eficaz, substituindo a vacinação”, disse
o veterinário.
Além
das ações de vigilância, a Adepará intensificará a educação sanitária. “Nós
vamos fazer isso para que o produtor tenha a capacidade de reconhecer os sinais
clínicos e imediatamente notificar a Adepará para que nós possamos agir. É uma
responsabilidade compartilhada com o Serviço de Defesa Agropecuária”, enfatizou
o gerente.
Febre
Aftosa –
É uma doença provocada por um vírus que acomete animais que tem o casco partido
como os bovinos, os sintomas são febre alta, aftas na boca e feridas nas patas.
A doença se alastra muito rápido e em caso de sintomas a Adepará deve ser
imediatamente avisada.
(Agência
Pará)
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