Mirla
Michelle Paiva Alves Nauar foi presa preventivamente nesta quarta-feira (7), em
Redenção. Inicialmente dedicada à venda de perfumes importados, ela se envolveu
em negócios ilegais, incluindo rifas e atividades de jogo, com o companheiro
Anderson Lima Ribeiro. Uma investigação sobre tais crimes está em curso e
resultou na prisão de Mirla por estelionato e apropriação indébita, enquanto
Anderson permanece foragido.
Bastante
conhecida, a influencer acumula mais de 10 mil seguidores no Instagram.
A
prisão ocorreu por volta de 11h, enquanto Mirla se preparava para retirar
seu passaporte junto à PF, indicando uma possível tentativa de deixar o país.
A
ação está relacionada a um inquérito da Polícia Civil que investiga crimes de
apropriação indébita, estelionato e promoção de loteria sem autorização legal,
dentre outros, supostamente praticados pelo casal. Algo que já era de
conhecimento, inclusive, por moradores de Marabá, onde Mirla residia e
trabalhava, e Redenção, também.
De
acordo com informações contidas nos autos do inquérito, estima-se que os crimes
cometidos pelo casal tenham gerado um prejuízo financeiro significativo,
alcançando a quantia de R$ 954.170, a diversos moradores de Redenção. As
vítimas, seduzidas por promessas de lucros substanciais em investimentos
financeiros, acabaram lesadas pelas práticas fraudulentas dos investigados.
A
Polícia Federal apresentou a acusada à Polícia Civil para que ela seja
conduzida ao presídio de Marabá. Os responsáveis pela investigação apelam pela
colaboração da comunidade para localizar o paradeiro do companheiro dela,
Anderson, atualmente foragido da justiça.
Uma
testemunha que preferiu manter o anonimato relatou suas experiências com Mirla
e Anderson. Segundo ela, Mirla utilizava as redes sociais para promover rifas e
outros empreendimentos, inclusive defendendo veementemente Anderson, seu
companheiro, diante de acusações públicas. A acusada, que antes se dedicava à
venda de perfumes importados, passou a se envolver nos negócios de Anderson,
propagandeando empréstimos e serviços financeiros duvidosos.
Vale
ressaltar que, apesar de ter sido presa em Redenção, a última postagem em que
Mirla aparece é em uma foto com a família na inauguração de uma loja localizada
na Folha 28, em Marabá. O estabelecimento é voltado ao varejo e atacado de
roupa, mesa e banho.
Além
disso, relatou a comercialização de rifas e a criação de grupos voltados para
práticas de jogo, sob a tutela de Anderson, que se autodenominava “trader”:
investidor do mercado financeiro que busca ganhar dinheiro com operações de
curto prazo, que se aproveita da volatilidade do mercado.
A
testemunha também trouxe à tona a controvérsia envolvendo a compra de um carro
importado, alegadamente não paga por Anderson, o que gerou disputas públicas
nas redes sociais.
Diante
desses acontecimentos, a Polícia Civil pede para que eventuais vítimas dos
suspeitos se apresentem à seccional de Polícia e relatem suas experiências, a
fim de auxiliar nas investigações. O pedido também se estende a qualquer pessoa
que possua informações sobre o paradeiro de Anderson, incentivando que informem
às autoridades locais.
(Thays
Araujo/Correio de Carajás)
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