(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
No
Amazonas, todos os 62 municípios do estado continuam em situação de emergência,
contabilizando 598 mil pessoas afetadas pela seca. Os dados são do último
boletim divulgado pela Defesa Civil amazonense nesta segunda-feira (20).
O
Serviço Geológico do Brasil (SGB) aponta que os volumes de precipitação
aumentaram sobre diversas bacias da área de monitoramento, principalmente nas
localizadas no noroeste da região e as menores nos extremos norte e sul.
Jussara
Cury, pesquisadora de ciências do SGB, explica que as chuvas chegaram a elevar
o nível de alguns rios do Amazonas, mas não foram suficientes para os rios
voltarem à normalidade.
“As contribuições ficaram menores,
porque no Alto Solimões e no Alto Rio Negro o processo de subida estabilizou e
voltaram a descer. Então essas contribuições menores chegaram aqui, por isso
tivemos essas oscilações essas subidas e descidas no nível do rio que são
consideradas, de certa forma, normais para esse período de final de vazante. O
que não está normal nesse momento seria esses níveis muito baixos, porque
estiagem foi severa em toda a região”, explica a pesquisadora.
O
SGB também aponta que o El Niño — caracterizado pelo aquecimento das águas
superficiais do Oceano Pacífico — e o aquecimento das águas superficiais
do Atlântico Tropical Norte contribuíram para a redução dos volumes de chuva.
Segundo
Cury, apesar de novembro marcar o início do período chuvoso, há chuva abaixo da
média até em regiões de cabeceira. “Por exemplo, o Rio Madeira subiu dois
metros. As chuvas reduziram, ficaram abaixo da média e o rio voltou a descer,
de forma menor, mas está nessa oscilação”, completa.
Dessa
forma, as chuvas isoladas concentradas em algumas regiões são importantes para
que a bacia possa se recuperar da seca.
Até
esta sexta-feira (24), a previsão do tempo indica muitas nuvens com pancadas de
chuva e possibilidade de trovoadas isoladas durante a tarde para todo o
Amazonas.
Nível
dos rios
Os
últimos dados divulgados pela Defesa Civil do Amazonas mostram que:
·
Em Manaus, o nível da calha do Negro é de 12,96 metros.
·
Em Beruri, o nível da calha do Purus é de
4,14 metros.
·
Em Nova Olinda do Norte, o nível da calha do Madeira é de
6,59 metros.
·
Em Guajará, o nível da calha do Juruá é de
4,17 metros.
·
Em Parintins, o nível da calha do Baixo Amazonas é de
-1,98 metros.
·
Em Itacoatiara, o nível da calha do Médio Amazonas é de
0,63 metros.
·
Em Careiro da Várzea, o nível da calha do Baixo Solimões
é de 0,54 metros.
·
Em Fonte Boa, o nível da calha do Médio Solimões é de
9,91 metros.
·
Em Tabatinga, o nível da calha do Alto Solimões é de 3,55
metros.
Fonte: Brasil 61/Berokanfm
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