(Foto:
Wesley Costa / Fato Regional)
O
ministro presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso,
determinou a retomada da desintrusão da Apyterewa, em São Félix do Xingu. A
decisão foi publicada nesta quarta-feira (29), um dia após o ministro Kassio Nunes Marques suspender a operação, acatando
pedido de associações de moradores e produtores da área.
A
Advocacia-Geral da União (AGU) já havia informado que iria recorrer da decisão
de Nunes Marques, pois divergia da decisão do ministro presidente do STF,
relator do processo e que homologou o plano de desintrusão da Apyterewa. No
texto da decisão, Barroso adiantou que o procedimento não está sujeito a
revisão por outro ministro.
Com
isso, a retirada das famílias — que segundo entidades representativas são 2,5
mil e vivem na terra indígena —, da área de 774 mil hectares que será destinada
exclusivamente ao povo indígena Parakanã e à preservação ambiental, prossegue.
Atualmente, 51% do território de São Félix do Xingu demarcado como área
indígena. Outros 22% são áreas de preservação.
Nesta
quarta-feira (29), vários argumentos contrários à desintrusão foram
apresentados numa audiência, em São Félix do Xingu, da CPI das ONGs. Entre
eles, o pedido de revisão do laudo antropológico que embasou a demarcação da
Terra Indígena Apyterewa para o povo Parakanã.
(Da
Redação do Fato Regional/Berokanfm)
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