A
estudante de Medicina Bárbara Maia, de 27 anos, viu sua vida sofrer uma
reviravolta após dar entrada em um hospital com uma crise de asma e acordar 36
dias depois com o braço direito amputado e com o diagnóstico de uma doença
autoimune. A doença, Síndrome do Anticorpo Anti-Fosfolípide (SAAF), conhecida
como síndrome do ‘sangue grosso’, afetou o pulmão, o braço direito e a cabeça
da jovem de Belo Horizonte, Minas Gerais. No hospital, após esforços para
melhorar a saturação, os médicos haviam optado por intubá-la, devido à piora de
sua respiração.
No
relato, ela narra que “A última coisa que eu lembro desse dia foi segurar a mão
da minha mãe e falar que eu estava com muito medo devido à intubação” e cita
“Acordei cerca de 36 dias depois, mas não sabia exatamente o que tinha
acontecido, nem do tempo que eu tinha ficado em coma, nem dos vários episódios
de várias coisas diferentes que poderiam ter levado a minha vida”.
A
síndrome do ‘sangue grosso’ é uma doença autoimune rara, não hereditária e mais
comum em mulheres. Durante o coma, Bárbara passou por diversas complicações:
tromboembolismo pulmonar, pneumonia, dois AVCs, falência renal, hemorragia
intestinal e anemia severa. Ao todo, a estudante precisou usar 13 bolsas de
sangue.
Antes
do período turbulento, Bárbara estava prestes a começar o internato, fase de
treinamento do curso de Medicina. Ela tem o sonho de ser médica cirurgiã e está
determinada a colocar uma prótese em seu braço. Bárbara chegou a lançar uma
campanha de arrecadação no site vakinha.com.br. Segundo a jovem, o valor do
modelo ideal de prótese para que ela consiga ser uma cirurgiã é de R$ 480 mil.
O valor também inclui os gastos necessários com a adaptação e fisioterapia.
Portal
Debate/Berokanfm
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