Servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) entraram em greve em todo o estado nesta segunda-feira (6). A paralisação já havia sido anunciada desde a semana passada. Com salários defasados desde 2014, a principal reivindicação é um reajuste de 75% nos vencimentos. Em janeiro passado, as entidades de classe que representam a categoria enviaram ofícios ao governador Helder Barbalho, solicitando que o governo resolva, de forma definitiva, essa questão da desvalorização profissional, que se arrasta há nove anos.
Pelo
governo, a Secretaria de Estado de Planejamento (Seplad) prometeu discutir,
nesta semana, essa e outras reivindicações dos servidores e já apresentar uma
proposta de reajuste. A categoria afirma que tem baixa remuneração no estado
com grande produção, em comparação a outras unidades da federação.
Na
última terça-feira (28), os servidores se concentraram pela manhã, em frente à
sede da Adepará, em Belém, após uma proposta ter sido apresentada e recusada.
“Fazemos
a defesa agropecuária do estado do Pará, mantemos vários mercados com a nossa
atuação. No entanto, temos o pior salário do Brasil. E ainda, se fosse o pior
salário recebendo um valor justo pelo serviço prestado, não estaríamos
mobilizados, mas é um salário defasado”, disse a servidora lotada em um
município do sudeste do estado, que pediu que sua identidade fosse preservada.
Outra
servidora, que afirmou ser fiscal agropecuária, com formação superior e
especialização e 15 anos na autarquia, disse que recebe um vale-alimentação no
valor de R$ 1 mil que não vai levar para a aposentadoria, e não tira mais que
R$ 5.808 por mês.
“A
greve é por um salário justo e condizente pela responsabilidade do cargo.
Recentemente, foi um colega que detectou o caso de mal da vaca louca atípico,
em uma fazenda, o que mostra que estamos alertas e atuantes nas nossas
obrigações e fazemos com eficiência. Além do que corremos risco de vida, somos
tudo nas unidades, motoristas, serventes, fiscais agropecuários, tudo,”
desabafa um servidor.
Os
servidores pediram para que suas identidades fossem preservadas, temendo algum
tipo de represália.
Zé
Dudu
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