quinta-feira, 9 de março de 2023

SECRETÁRIO DE CIDADE NA ILHA DO MARAJÓ DIZ QUE CRIANÇAS DE 3 ANOS SÓ PODEM SER MATRICULADAS SE SOUBEREM NADAR

(Foto: Reprodução/Redes sociais da prefeitura)

Durante uma reunião escolar em uma comunidade de São Sebastião da Boa Vista, na Ilha do Marajó, o secretário de Educação do município afirmou que crianças de 3 anos só podem ser matriculadas se souberem nadar. Segundo o titular da pasta, a fala foi descontextualizada.

A reunião ocorreu nesta última terça-feira (7), com pais de alunos do município. Em um áudio divulgado nas redes sociais, o secretário Jefferson Ferreira diz que nenhuma escola da cidade está aceitando crianças que não sabem nadar e que os pais podem responder por isso junto ao conselho tutelar.

“De 3 anos, só matricula se souber nadar. No ato da inscrição, da matrícula, tem um documento onde você assina a responsabilidade”, diz o secretário.

Jefferson Ferreira afirmou que São Sebastião da Boa Vista está passando por um processo de nucleação escolar, que consiste em reunir os alunos das escolas com poucos estudantes, deslocando-os para escolas maiores.

Segundo o secretário, uma mãe questionou a possibilidade de aumentar o número de estudantes ao aceitar crianças de 3 anos de idade, referente ao nível educacional da creche. Porém, ele diz que o interior do município não tem estrutura para receber crianças dessa idade, apenas na sede da cidade.

“Seria importante que essa criança, para receber ela na escola, que ela tivesse habilidade de nadar. Nós não ofertamos a creche no interior, poderíamos receber, mas seria importante que ela tivesse essa habilidade de nadar”, afirma.

O secretário de Educação diz que o município não tem na zona rural creches e nem estruturas completas, como embarcações, para receber os alunos de 0 a 3 anos. Porém, ainda segundo ele, há um planejamento para expansão de novas unidades de creches para a zona rural.

Sobre o processo de nucleação escolar, Jefferson Ferreira disse que 4 unidades escolares vão ser fechadas. Uma delas foi a escola Floriano Peixoto, que tinha em torno de 20 a 30 alunos, mas não tem prédio próprio e oferta o ensino multisseriado, o que dificulta o aprendizado.

G1/PA

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