Uma
operação de órgãos federais e estadual retirou grileiros, pecuaristas e
madeireiros da Terra Indígena Trincheira Bacajá, no sudoeste do Pará, e está em
busca de cabeças de gado deixadas por eles ilegalmente no território em São Félix do
Xingu.
A
ação de retiradas de bois e vacas da terra indígena começou na segunda-feira
(8) e foi divulgada nesta quinta-feira (11). "Esta etapa deve demorar
dias, uma vez que os animais estão espalhados pelo terreno", informou a
Polícia Federal, que faz a retirada junto da Agência de Defesa Agropecuária do
Estado do Pará (Adepará).
A
estimativa é que cerca de 300 bovinos ainda estejam na área. Outros, foram
retirados pelos próprios pecuaristas quando perceberam a aproximação dos
agentes federais.
Já
a desintrução dos madeireiros, pecuaristas e grileiros foi em 24 de julho pela
Polícia Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), Fundação Nacional do Índio (Funai), Força Nacional,
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Adepará.
Toda
a ação foi divulgada nesta quinta-feira e não foi detalhada a quantidades exata
de invasores que foram identificados e retirados da área, nem valores de
multas. Não houve prisões.
Os
acessos à terra indígena foram fechados pelos órgãos federais. Construções e
alguns bens foram abandonadas por eles na área e acabaram destruídas ou
desmobilizadas, conforme a PF.
Após
a retirada dos bois da Terra Indígena Trincheira Bacajá, a PF vai destruir as
pontes de acesso ao território, que já tinham sido destruídas em 2021 em ações
semelhantes.
"Porém,
em poucos meses, os invasores reconstruíram as pontes e reocuparam as áreas,
provocando desmatamentos e formando pastos para criação de gado", detalhou
a PF.
Para
evitar novas invasões, a Força Nacional deve continuar na área
"fiscalizando os ramais de acesso". Não há data definida para encerra
a operação.
Em
maio deste ano, uma
ação do Ministério Público Federal já cobrava ações para impedir invasões e
desmatamento na Terra Indígena Trincheira-Bacajá.
O
órgão apontou que esse
território indígena foi um dos mais desmatados da Amazônia entre 2020
e 2021, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Também
em maio de 2022 uma outra operação da
Polícia Federal retirou bois são deixados no entorno da Terra Apyterewa, próximo
de aldeias, também no sudoeste do Pará. Essa área também foi uma das mais
desmatadas nos últimos dois anos. Na época da operação, mais
de 1 mil bovinos foram apreendidos e foi aplicada multa de mais de R$ 2 milhões.
G1/PA
Nenhum comentário:
Postar um comentário
As opiniões expressas em materias, artigos e comentarios neste ambiente assim como em todo o portal são de exclusiva responsabilidade do autor e não necessariamente representam o posicionamento do Blog da Rádio Berrokan FM 104, 9.