Figura emblemática da ditadura militar na Amazônia, o agente da reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o Major Curió, de 87 anos, morreu às 2 horas da madrugada desta quarta-feira 17, num hospital particular em Brasília. Há cinco anos, ele vivia recolhido em sua casa na capital federal. Internado na noite de segunda, sofreu sepse e falência múltipla dos órgãos.
Casado
com Maria de Lourdes, que conheceu ainda em Minas e aniversariava neste dia 17,
ele teve cinco filhos. Teve ainda um filho com Vera Lúcia.
Filho
de uma lavadeira e um barbeiro de São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas,
Curió ganhou o apelido no tempo de estudante no colégio militar e lutador de boxe
amador em Fortaleza.
A
ditadura começou a morrer no final dos anos 1970, mas Curió permaneceu na
Amazônia. Em 1980, a poucos quilômetros da área dos combates à guerrilha, foi
descoberta uma mina de ouro. Serra Pelada atraiu milhares de homens em busca de
riqueza. Curió ocupou o garimpo e passou a controlar a vida e o trabalho dos
“formigas”. Os garimpeiros tiveram de entregar suas armas ao Exército e só
podiam vender o que retiraram de lá num posto da Caixa Econômica Federal
instalado no local.
As
mulheres foram proibidas de entrar no garimpo. Um grupo delas resolveu criar a
Vila do Trinta, no quilômetro 30 da rodovia que ligava Marabá a Carajás. Surgiu
o povoado de Curionópolis.
Correio
de Carajás
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