A pouco menos de um mês para a realização do primeiro turno das Eleições Municipais, um dos desafios que se apresentam é garantir a saúde dos 147,9 milhões de brasileiros aptos à votação em meio à pandemia da Covid-19. Com o objetivo de minimizar o risco de transmissão do novo coronavírus, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tem um Plano de Segurança Sanitária para o pleito.
A iniciativa, elaborada em parceria com especialistas da Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz) e dos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, traz orientações e
recomendações para assegurar a segurança dos mesários e dos eleitores.
Na ocasião de apresentação do plano, há cerca de um mês, o presidente do TSE,
ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o órgão criou o protocolo com a intenção
de possibilitar eleições mais seguras. “Nós estamos tomando todas as precauções
possíveis e razoáveis, na convicção de que minimizaremos o risco de
contaminação de quem quer que seja. Eu não teria a leviandade de dizer que o
risco é zero, mas acho que nós baixamos esse risco a um mínimo possível”,
disse.
Protocolo
O
uso de máscaras será obrigatório e o cidadão não vai poder votar se não estiver
usando o item. Além disso, não vai ser permitido comer, beber ou fazer qualquer
outra coisa que implique na retirada da máscara, segundo o protocolo. O TSE
garante que todas as seções eleitorais vão ter álcool em gel para que os
eleitores higienizem as mãos antes e depois da votação.
Entre as principais recomendações aos eleitores, está a manutenção de uma distância
mínima de um metro nas filas e para o mesário, no momento que antecede o voto.
Outra sugestão é que cada eleitor leve a própria caneta para assinar o caderno
de votação e que evite levar crianças ou acompanhantes aos locais de
votação.
Segundo Sylvia Lemos, infectologista da SBI (Sociedade Brasileira de
Infectologia) e professora da Universidade Federal de Pernambuco, o plano de
segurança adotado pelo TSE se baseia em quatro pilares básicos: “O uso da
máscara, a higienização das mãos com água e sabão, complementada com álcool em
gel, e dos ambientes, o distanciamento físico de 1,5 metros a 2 metros e o
distanciamento social, que seria ir somente para os locais autorizados”,
avalia.
Para
os mesários, o protocolo é ainda mais específico. Todos eles vão receber
máscaras, álcool em gel para uso individual e viseiras plásticas. De acordo com
o protocolo, eles deverão trocar as máscaras a cada quatro horas. Todos os
itens de segurança foram doados por um grupo de cerca de 30 empresas privadas,
sem custos aos cofres públicos.
Fonte: Brasil 61
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