A
execução de Marielle Franco, vereadora do PSOL, o Partido Socialismo e
Liberdade, no dia 14 de março deste ano reacendeu o debate sobre
assassinatos por motivações políticas no Brasil. Marielle foi assassinada com 9
tiros quando voltava para casa na cidade do Rio de Janeiro, semanas antes de
completar um ano e quatro meses no cargo legislativo concedido pelo voto de
46.502 eleitores.
Pesquisa
recente divulgada pela Unirio, a Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro, revela que a violência contra políticos já está presente muito antes
da posse. Entre 1998 e 2016, foram 79 mortes de candidatos em campanha, uma
média de 16 assassinatos por período eleitoral. Felipe Borba, cientista
político e professor da universidade explica que compilou a
relação de todos os candidatos que foram substituídos por óbito
e investigou o motivo dessas mortes. Ele conta que só incluiu candidatos
que há indícios e informações fortes de que houve um homicídio.
Borba
acrescenta ainda que a maioria das mortes ocorrem em eleições municipais, sendo
63 delas de candidatos a vereador e em cidades com menos de 50 mil habitantes.
Além disso, todos os estados e tendências políticas contabilizaram mortes.
O
estado do Rio de Janeiro protagoniza o ranking das mortes de candidatos em
campanha com 13 assassinatos, seguido de São Paulo, com 10 homicídios de
políticos.
Durante
a última eleição no Rio de Janeiro, em 2016, houve 5 mortes de candidatos em
campanha, porém na pré-campanha foram assassinadas 13 pessoas, segundo dados do
TSE, o Tribunal Superior Eleitoral. Entre dezembro de 2015 e agosto de 2016, 20
pré-candidatos foram assassinados no Brasil. A maioria no estado do Rio de
Janeiro.
Rodrigo
Azevedo, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública destaca as mortes no
estado fluminense como exemplos da violência sendo utilizada como ferramenta de
disputa política e da inabilidade do estado brasileiro em encontrar e punir os
assassinos.
(pulsar/brasil de fato)
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