Foi o que informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio dos novos números do Censo 2010. Neste contexto, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) denuncia que camponeses e ribeirinhos são os mais afetados. Essa foi a primeira vez que o Censo inclui estudo sobre o fornecimento de energia elétrica à população. Segundo o Instituto, dos serviços prestados às residências brasileiras em 2010, a energia elétrica foi a que apresentou a maior cobertura (97,8%), principalmente nas áreas urbanas (99,1%). No entanto, mesmo com um alto índice de acesso, a população rural é a que mais sofre. São aproximadamente 2 milhões e 400 mil de pessoas que convivem com a falta de luz elétrica no campo. O maior índice é na região norte, onde quase 40% das moradias ainda não têm fornecimento de energia elétrica. O MAB aponta que há contradição no fato dessa população ser a mais atingida pela construção de hidrelétricas para geração de energia, como a de Belo Monte. Um caso considerado emblemático pelo Movimento é o da usina de Tucuruí, no Pará, que levou milhares de famílias a viveram nas ilhas formadas após a inundação para a construção da barragem, instalada há mais de 20 anos. Somente no estado do Pará, mais de 138 mil pessoas que não possuem energia elétrica. O MAB destaca que, mesmo com o governo federal promovendo programas sociais de acesso à energia, o fornecimento de grandes empresas tem sido priorizado.
(pulsar)Gr, 22/11/2011
A Via Campesina mobilizou cerca de 250 trabalhadores rurais que estão acampados em frente à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) em Goiânia contra o não cumprimento de um Termo de Cooperação com o Banco do Brasil. A mobilização começou no último domingo (20). Além de acaparem no Incra, os militantes fizeram protestos em quatro agências do Banco, da capital e do interior de Goiás. Segundo Valdir Misnerovicz, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o acordo com o Banco do Brasil apontava que terras inadimplentes, antes de irem a leilão, fossem avaliadas pelo Incra. No entanto, o militante afirma que áreas são vendidas sem que ocorra uma prévia análise. Para ele, as terras só podem ser leioladas caso o Estado, por meio do Incra, prove que elas são inviáveis para a reforma agrária. A Via Campesina cobra políticas públicas diante de um quadro de concentração de terras no país.
(pulsar)Gr,22/11/2011
PRESTAÇÃO DE CONTAS DA CAMPANHA DO PLEBISCITO
Débora Zampier. Da Agência Brasil, em Brasília
As campanhas a favor da criação dos Estados de Carajás e do Tapajós arrecadaram, até agora, mais de cinco vezes o valor obtido pelos movimentos contrários à divisão do Pará. De acordo com prestação de contas parcial divulgada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as campanhas separatistas arrecadaram juntas R$ 1,3 milhão, enquanto as ações em defesa da manutenção do território paraense receberam R$ 242 mil.nova divisão do Pará
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A criação de Carajás é a que mais movimentou doações em ambas as campanhas. A frente favorável à separação da região arrecadou R$ 946,4 mil e a contrária registrou R$ 202,8 mil. Já a separação do Tapajós resultou em R$ 376,3 mil de arrecadação, contra R$ 39,2 mil da campanha oposta. Os eleitores do Pará votarão no plebiscito sobre a divisão do estado no dia 11 de dezembro. Eles responderão a duas perguntas: a primeira, se eles são a favor ou contra a criação do estado do Tapajós. Em seguida, responderá se é a favor ou não da criação do estado de Carajás. A ordem das perguntas foi definida em sorteio pelo TSE. Essa foi a segunda prestação de contas da campanha - a primeira ocorreu em meados de outubro. Na última prestação de contas, que deverá ocorrer em 10 de janeiro, serão divulgados os nomes dos doadores e os gastos das campanhas.
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