(Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
O
governo de Cuba anunciou na quarta-feira (14) que vai abandonar o programa Mais Médicos citando
"referências diretas, depreciativas e ameaçadoras" feitas pelo
presidente eleito Jair Bolsonaro à presença dos médicos cubanos no
Brasil. No Pará, de acordo com a Secretaria de Saúde existem hoje 521 médicos
cubanos atuando em pelo menos 138 municípios do estado. Ao todo a decisão irá
comprometer cerca de 70% de todos os profissionais que atuam pelo programa no
estado.
Segundo
dados do Ministério da Saúde, os cubanos preenchem 537 das 763 vagas, o
equivalente a 70,4% do total de médicos. Ainda segundo a pasta, 521 desses
médicos estão distribuídos por 138 municípios paraenses. Os outros 26 estão
alocados nos distritos sanitários especiais indígenas localizados em solo
paraense.
O
país caribenho envia profissionais para atuar no Sistema Único de Saúde desde
2013, quando o governo da então presidente Dilma Rousseff criou o programa para
atender regiões carentes sem cobertura médica. Sobre os impactos para a
população no estado, o Ministério da Saúde disse que ainda não foi estabelecido
nenhum prazo para a saída desses profissionais do estado.
Decisão do STF
Em
novembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) validou o Mais
Médicos e autorizou
a dispensa da validação de diploma de estrangeiros ao julgar ações que
questionavam pontos do programa federal, como acordo que paga salários mais
baixos para médicos cubanos.
No
Mais Médicos, pouco mais da metade – 8.556 dos 16.707 participantes. Todos os
profissionais, independentemente do país de origem, precisam ter diploma de
medicina expedido por instituição de ensino superior estrangeira, habilitação
para o exercício da profissão no país de origem e ter conhecimento de língua
portuguesa, regras de organização do SUS e de protocolos e diretrizes clínicas
de atenção básica.
G1/PA
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