(Ex-secretária de saúde do Estado e ex-diretor do Hospital Geral de Palmas também foram condenados no processo, acusados de assinar as folhas de ponto do médico. Cabe recurso da decisão.)
(Foto:
Djavan Barbosa/TV Anhanguera)
O
médico Neymar Cabral de Lima foi condenado a devolver aos cofres públicos os
salários que recebeu sem trabalhar enquanto estava em Miami, nos Estados
Unidos, entre 2012 e 2013. O prejuízo calculado pelo Ministério Público
Estadual foi de R$ 275.296,16.
Além
do médico, a 2ª Vara da Fazenda e Registros Públicos de Palmas também condenou,
por improbidade administrativa, um diretor técnico do Hospital Geral de Palmas
(HGP) e a então secretária de saúde por atestarem a frequência do médico sem
que ele estivesse trabalhando. Cabe recurso da decisão.
Foram
condenados:
·
Neymar
Cabral de Lima (médico): condenado a fazer o ressarcimento integral do
dano, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos e proibição de
contratar com o poder público por cinco anos, além de pagar uma multa com os
demais réus.
·
Vanda
Maria Gonçalves Paiva (secretária de saúde na época): Perda da função
pública, suspensão dos direitos políticos e proibição de contratar com o poder
público por cinco anos, e pagamento de multa solidária com os demais réus.
·
Atil
José de Souza (diretor técnico na época): Perda da função pública,
suspensão dos direitos políticos e proibição de contratar com o poder público
por cinco anos, e pagamento de multa solidária com os demais réus.
·
A defesa de Vanda Maria disse que respeita a
decisão, mas vai recorrer da sentença. "Quem tem responsabilidade de
fiscalizar trabalho de servidor não é secretária", comentou o advogado
Juvenal Klayber Coelho.
·
A defesa de Neymar Cabral, realizada pelo advogado
Thiago Perez, informou que as viagens antecederam seu pedido de licença não
remunerada e mudança para os EUA. Disse que nos momentos em que tinha algum
plantão, durante sua viagem, o cliente foi substituído por um colega e, quando
regressava, realizava os plantões do colega que o substituiu. Afirmou ainda que
o cliente foi inocentado em outra ação que envolve as mesmas partes e fatos, e
acredita que esta sentença será reformada em recurso.
·
O g1 pediu posicionamento da defesa de
Atil José de Souza, assim como da Secretaria de Estado da Saúde, mas não houve
resposta até a última atualização desta reportagem.
·
O caso aconteceu entre os anos de 2012 e 2013.
Brenda
Santos, g1 Tocantins
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