sexta-feira, 14 de maio de 2021

O POVO DE DEUS PEDE AOS BISPOS QUE A IGREJA RECONHEÇA AS VIRTUDES MARTIRIAIS DO PADRE JOSIMO

 (FotoS: Enviada por Dom Giovane)

Nesta segunda-feira, 10 de maio, completaram-se 35 anos do assassinato do padre Josimo Morais Tavares. Dentro da 17ª Romaria da Terra e das Águas Padre Josimo, realizada de modo totalmente virtual nos dias 8, 9 e 10 de maio, que teve como tema “Da Amazônia para o planeta: queremos RES-PI-RAR”, aconteceu no dia 10 a visita ao Santuário Padre Josimo, em Buriti do Tocantins, onde estão os restos mortais de padre Josimo.

Estavam presentes Dom Pedro Brito Guimarães, arcebispo de Palmas, Dom Giovane Pereira de Melo, bispo de Tocantinópolis, Dom Philip Dichmans, bispo de Miracema, Dom Francisco Lima Soares, bispo de Carolina, e Dom Vilsom Basso, bispo de Imperatriz. Junto com eles, tinha algumas lideranças, por conta do limite da pandemia. No final da missa, segundo Dom Giovane, “um grupo de romeiros que estavam lá, entregaram para nós, junto com essa mensagem-compromisso dos romeiros e romeiras, o pedido de diversas lideranças, não só do Tocantins, mas de pessoas de outros estados que conhecem padre Josimo, de entidades sociais, de comunidades eclesiais de base, pastorais sociais, um pedido para que a Igreja reconhecesse a virtudes martiriais do padre Josimo”.

O bispo de Tocantinópolis afirma que “a Congregação para a Causa dos Santos diz que o importante para um processo de canonização do mártir é a compreensão popular de que aquele servo de Deus goza de fama de martírio”. Dom Giovane Pereira de Melo insiste em que “isso em relação ao padre Josimo é inegável, toda a Igreja, diversas pessoas de outros credos, e de outros movimentos fora da Igreja, confirmam esse caráter martirial do padre Josimo”. Em consequência disso, os bispos presentes na missa têm se comprometido a levar adiante este processo.

A mensagem, destaca no padre Josimo que “sua vida doada a serviço dos pequeninos e indefesos e sua morte matada pela mão do latifúndio, sua páscoa assumida sem medo, sua fé no Deus da Vida, inspiram as nossas vidas, como seu sonho habita nossos sonhos”. O texto, que define o padre Josimo como mártir, diz encontrar nele “o irmão, o pastor, o profeta, o companheiro, o fiel seguidor do Mestre Jesus”.

O povo lembra os frutos da semente que plantou o padre Josimo, assim como todas as vítimas da violência e da pandemia. É denunciado o ataque contra os territórios, as florestas, as águas e o planeta, afirmando que “na Amazônia e no cerrado, “o agro é fogo”!”, insistindo em que “a Amazônia está doente”.

O manifesto destaca a Romaria como momento de oferta, memória e celebração, sonhando com uma Amazônia que tenha superado a “miséria, racismo, venenos, armas, servidão...”. Mas também, “animados pelas lúcidas e corajosas exortações do papa Francisco”, a mensagem é oportunidade de denúncia e de querer assumir “a cultura do cuidado mútuo e da fraterna compaixão”.

Por isso fazem o pedido “para que sejam devidamente reconhecidas e celebradas pela Igreja as santas virtudes que sua missão e seu martírio têm revelado e continuam suscitando entre seus seguidores, e entre nós, romeiras e romeiros a caminho do Reino da Vida”.

(Reportagem Luis Miguel Modino/INSTITUTO HUMNITAS UNISINO)

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