Nesta
segunda-feira, 10 de maio, completaram-se 35 anos do assassinato do padre Josimo Morais Tavares. Dentro da 17ª Romaria da Terra
e das Águas Padre Josimo, realizada de modo totalmente virtual nos dias 8, 9 e
10 de maio, que teve como tema “Da Amazônia para o planeta: queremos RES-PI-RAR”,
aconteceu no dia 10 a visita ao Santuário Padre Josimo, em Buriti do
Tocantins, onde estão os restos mortais de padre Josimo.
O
bispo de Tocantinópolis afirma que “a Congregação para a Causa
dos Santos diz que o importante para um processo de canonização do mártir
é a compreensão popular de que aquele servo de Deus goza de fama de
martírio”. Dom Giovane Pereira de Melo insiste em que “isso em
relação ao padre Josimo é inegável, toda a Igreja, diversas
pessoas de outros credos, e de outros movimentos fora da Igreja, confirmam esse
caráter martirial do padre Josimo”. Em consequência disso, os bispos presentes
na missa têm se comprometido a levar adiante este processo.
A
mensagem, destaca no padre Josimo que “sua vida doada a serviço dos
pequeninos e indefesos e sua morte matada pela mão do latifúndio, sua páscoa
assumida sem medo, sua fé no Deus da Vida, inspiram as nossas vidas, como seu
sonho habita nossos sonhos”. O texto, que define o padre Josimo como mártir, diz encontrar nele “o irmão,
o pastor, o profeta, o companheiro, o fiel seguidor do Mestre Jesus”.
O
povo lembra os frutos da semente que plantou o padre Josimo,
assim como todas as vítimas da violência e da pandemia. É denunciado o
ataque contra os territórios, as florestas, as águas e o planeta, afirmando que
“na Amazônia e no cerrado, “o agro é fogo”!”, insistindo em que “a Amazônia está
doente”.
O
manifesto destaca a Romaria como momento de oferta, memória e
celebração, sonhando com uma Amazônia que tenha superado a “miséria,
racismo, venenos, armas, servidão...”. Mas também, “animados pelas lúcidas e
corajosas exortações do papa Francisco”, a mensagem é oportunidade de
denúncia e de querer assumir “a cultura do cuidado mútuo e da fraterna
compaixão”.
Por
isso fazem o pedido “para que sejam devidamente reconhecidas e celebradas pela
Igreja as santas virtudes que sua missão e seu martírio têm revelado e
continuam suscitando entre seus seguidores, e entre nós, romeiras e romeiros a
caminho do Reino da Vida”.
(Reportagem Luis Miguel Modino/INSTITUTO HUMNITAS UNISINO)
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