(Foto: Reprodução Eduardo Gomes - Fiocruz
Amazônia)
O Ministério da Saúde anunciou o repasse de
R$ 100 milhões a 913 municípios para reforçar o combate à tuberculose. Os
locais respondem por 67% dos casos novos da doença registrados em 2024.
Critérios como vulnerabilidade social e territórios com populações privadas de
liberdade e comunidades indígenas também foram levados em conta. Além das
prefeituras, 24 secretarias estaduais de saúde e o Distrito Federal foram
habilitados para receber os recursos.
Para articular a implementação nas cidades, o
governo federal promoveu debates com orientações técnicas aos gestores locais.
Segundo Fernanda Dockhorn, coordenadora-geral de Vigilância da Tuberculose,
Micoses Endêmicas e Microbactérias Não Tuberculosas do Ministério da Saúde,
“este é um marco muito importante para a vigilância e para o nosso objetivo,
como país, de eliminar a tuberculose como problema de saúde pública”.
Transmitida pelo ar — quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou
fala — a tuberculose tem como principal sintoma a tosse persistente, que
costuma durar três semanas ou mais. Moradia e alimentação ainda são condições
relacionadas ao adoecimento.
“A tuberculose está ligada muito às condições
de vida da população. Então, as populações que vivem em uma situação de
empobrecimento, em ambientes aglomerados, onde o ar não circula tão bem, estão
mais sujeitas ao adoecimento. Além disso, as pessoas em situação de
vulnerabilidade social, muitas vezes, vivenciam mais dificuldades de acesso a
serviços e diagnóstico tardio”, aponta a especialista.
E complementa. “Se uma pessoa vivencia
problemas em relação à segurança alimentar, está com dificuldades de ter acesso
a uma alimentação adequada, ela acaba tendo maior risco de ter tuberculose
depois de uma infecção”.
A ação integra a política de saúde voltada ao
fortalecimento da vigilância epidemiológica, prevenção e controle da
tuberculose em contextos de alta vulnerabilidade social.
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